A seguradora italiana Generali acertou a venda do private bank suíço BSI para o brasileiro BTG Pactual por 1,5 bilhão de francos suíços (US$ 1,7 bilhão) em dinheiro e ações, se desfazendo de uma unidade deficitária e aumentando sua solidez financeira.
Para o BTG Pactual, o negócio implica uma expansão da área de gestão de recursos, com a adição de uma grande presença na Suíça.
O acordo, que o presidente-executivo da Generali, Mario Greco, chamou de "operação complexa", põe fim a mais de dois anos de pesquisa da Generali para encontrar um comprador adequado para um ativo que perdera apelo diante da implacável pressão dos Estados Unidos e outras nações ocidentais em relação ao sigilo bancário suíço.
A Generali, que tinha comprado o private bank suíço por cerca de 1,9 bilhão de francos suíços em 1998, esperava obter um montante semelhante com a venda da unidade. Mas, no final, a instituição foi forçada a aceitar um preço menor e vai registrar prejuízo líquido de 100 milhões de euros (US$ 136,4 milhões) com a transação.
Com o negócio, a seguradora completa um agressivo plano de desinvestimentos, vendendo 3,7 bilhões de euros em ativos não relacionados à área de seguros em cerca de 18 meses. A meta era de 4 bilhões de euros.
Sob os termos do acordo, a parcela que a Generali receberá em dinheiro será de 1,2 bilhão de francos suíços. Os 300 milhões restantes serão entregues em ações ordinárias e preferenciais do BTG Pactual.
A transação, sujeita à aprovação regulatória, deve ser concluída no primeiro semestre de 2015.
Representantes do BTG Pactual não puderam ser contatados de imediato para comentar o assunto.