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Café, cigarro, gasolina e Plano de Saúde: veja os itens que mais puxaram o IPCA de 2024

Inflação, que superou teto da meta do BC, fechou o ano em 4,83%; grupo de Alimentação e Bebidas contribuiu significativamente para a alta

10 jan 2025 - 11h29
(atualizado às 11h47)
Café teve alta de 39,60%
Café teve alta de 39,60%
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que superou o teto da meta estabelecida pelo Banco Central, fechou o ano de 2024 acumulado em 4,83%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

No período, a alta foi impactada especialmente pelo grupo Alimentação e Bebidas, que registrou aumento de 7,69% em 12 meses e contribuiu com 1,63 pontos percentuais para o IPCA. Dentre os itens que mais puxaram o índice estão o café moído, com um salto de 39,60% no preço, e o leite longa vida, com 18,83%.

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O cenário de aumento desses alimentos tem a ver com as condições climáticas, que impactaram o desempenho da produção e reduziram a oferta do produto em todo o mundo; além da demanda aquecida no contexto de pleno emprego e aumento da renda da população. Com isso, a inflação de alimentos elevou no período e acumulou alta de 7,69%.

Apesar de ter registrado variação menor, de forma individual, a gasolina exerceu o maior impacto no IPCA, com alta de 9,71% ao ano.

Além disso, outros segmentos também tiveram impactos significativos no IPCA, como os grupos Saúde e cuidados pessoais (6,09%) e Transportes (3,30%). Juntos, esses grupos responderam por 65% da inflação de 2024.

Confira os itens responsáveis pela alta da inflação no ano passado:

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  • Café: 39,6%
  • Cigarro: 23,94%
  • Contrafilé: 20,06%
  • Leite: 18,83%
  • Etanol:17,58%
  • Gasolina: 9,71%
  • Mensalidades do Ensino Fundamental: 8,86%
  • Serviços bancários: 8,03%
  • Planos de Saúde: 7,87%
  • Lanches: 7,56%

Por outro lado, outros subitens registraram maior recuo e puxaram a inflação para baixo:

  • Cebola: - 35,31%
  • Tomate: -25,86%
  • Passagem aérea: - 12,20%
  • Batata inglesa: - 12,53%
  • Pacote turístico: - 3,84%
  • Aparelho telefônico: - 2,20%
  • Automóvel usado: - 1,08%
  • Emplacamento e licença: - 1,01%
  • Energia residencial: -0,37%

Em comparação com o ano anterior, a inflação de 2024 foi 0,21 ponto percentual maior que a de 2023, quando marcou 4,62%. Naquele ano, a meta de inflação estava fixada em 3,25%, com variação de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Ou seja, estava dentro do limite da meta. Já em 2024, a meta de inflação era de 3%, podendo chegar a 4,5%.

Para Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, “o índice foi puxado pela alta dos itens alimentícios, que sofreram influência de condições climáticas adversas, em vários períodos do ano e em diferentes localidades do país. Além disso, assim como em 2023, a gasolina foi responsável pela maior contribuição no indicador em 2024”.

Inflação por região

Entre as 16 localidades onde o IBGE faz o acompanhamento semanal dos preços, São Luís (6,51%) teve a maior inflação acumulada em 2024, principalmente por causa das altas da gasolina (14,24%) e das carnes (16,01%). Belo Horizonte (5,96%) e Goiânia (5,56%) vieram a seguir.

Na região metropolitana de São Paulo, que representa 32,28% do IPCA do país, a inflação de 2024 fechou em 5,01%. No Rio de Janeiro, terceiro maior peso no IPCA nacional entre as localidades, a inflação de 2024 ficou em 4,69%.

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Fonte: Redação Terra
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