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Caixa reduz crédito de financiamento para imóveis de até R$ 1,5 milhão; entenda

Mudança no SBPE passa a valer a partir de 1º de novembro

15 out 2024 - 17h36
(atualizado às 17h51)
Criado para desenvolver o setor de habitação, o SBPE utiliza recursos vindos de contas de poupança na compra e construção de imóveis.
Criado para desenvolver o setor de habitação, o SBPE utiliza recursos vindos de contas de poupança na compra e construção de imóveis.
Foto: Tiago Queiroz/Estadão / Estadão

A Caixa Econômica Federal vai reduzir o valor máximo de crédito para a compra de imóveis pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A partir de 1º de novembro, os empréstimos para compra ou construção individual serão feitos apenas para propriedades com valor de compra limitado a R$ 1,5 milhão.

Além disso, a cota máxima de financiamento admitida será de até 70% do valor do imóvel, e não mais os atuais 80%, no sistema de amortização SAC (Sistema de Amortização Constante). Pela tabela Price, o teto diminuirá de 70% para 50% do total do imóvel. Outra mudança, é que os clientes só poderão ter apenas um financiamento ativo pelo banco público.

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Pelo sistema SAC, o valor total das prestações pagas vai diminuindo ao longo do tempo, ou seja, as parcelas são maiores no início e menores no fim, por conta da parcela decrescente de juros. Já no sistema Price, o valor total é constante durante o prazo contratado -- as prestações são sempre iguais e compostas por mais juros.

Como fica na prática

Considerando um apartamento de R$ 1 milhão, a entrada necessária pelo SAC vai ser de R$ 300 mil. No modelo atual, em um imóvel do mesmo valor, a entrada é de R$ 200 mil e a Caixa financia até R$ 800 mil (80%).

Já na tabela Price, o comprador terá que pagar R$ 500 mil à vista a partir de novembro em um imóvel de R$ 1 milhão. Hoje, nesse modelo, a Caixa financia até R$ 700 mil (70%) e o mutuário paga 30% do valor do imóvel como entrada, ou seja, R$ 300 mil.

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Em nota, a Caixa informou que "estuda constantemente medidas que visam ampliar o atendimento da demanda excedente de financiamentos habitacionais, inclusive participando de discussões junto ao mercado e Governo, com o objetivo de buscar novas soluções que permitam expansão do crédito imobiliário no país, não somente pela Caixa, mas também pelos demais agentes do mercado".

O banco público ainda afirma que em 2024 concedeu, até setembro, R$ 175 bilhões de crédito imobiliário, o que representa um aumento de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023. Foram 627 mil financiamentos de imóveis, beneficiando cerca de 2,5 milhões de brasileiros até o momento.

"A carteira de crédito habitacional da Caixa já ultrapassou a marca de R$ 800 bilhões, com mais de 7 milhões de contratos ativos. O banco segue como o maior financiador da casa própria no País, com 68% do mercado", diz trecho da nota.

Fonte: Redação Terra
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