Uma ‘herança universal’ de 20 mil euros, o equivalente a R$ 105 mil, para jovens que completarem 18 anos. Essa é uma das propostas de Yolanda Díaz, atual ministra do Trabalho na Espanha e líder do partido político Sumar, que concorre nas eleições parlamentares do país neste mês.
Segundo a ministra, a política econômica teria custo de 10 bilhões de euros, cerca de R$ 52 bilhões.
Mas para que serve a ‘herança’?
Em entrevista ao jornal The Guardian, Díaz explicou que o objetivo é garantir igualdade de oportunidades, independente da origem familiar ou da renda das pessoas.
A partir disso, a herança servirá para gastos em estudos, treinamentos ou para dar início a um negócio próprio.
O dinheiro será pago de uma vez?
A ideia é que os pagamentos do programa sejam pagos em parcelas, dos 18 anos aos 23 anos do beneficiário.
O dinheiro virá da tributação de pessoas que ganham mais de 3 milhões de euros por ano - cerca de R$ 16 mi. A ministra estima que o custo seria 0,8% do PIB da Espanha.
¿Cómo vamos a financiar la herencia universal de 20.000€ para los jóvenes de 18 años? Con el impuesto a las grandes fortunas.
La justifica fiscal y las políticas redistributiva son claves en el programa de @Sumar . pic.twitter.com/QZtbw1sk6z
— Yolanda Díaz (@Yolanda_Diaz_) July 3, 2023
Quem terá direito?
Se Díaz for eleita e a política econômica for implementada, a proposta estará disponível para todos os jovens espanhóis, sem levar em consideração a situação socioeconômica de cada um.
O que diz a oposição
As eleições abertas da Espanha acontecem no dia 23 de julho. Segundo pesquisa estatal do Centro de Estudos Sociológicos, a disputa está equilibrada entre o conservador Partido Popular (PP), com 31,2 %, e o governista Partido Socialista Operário (Psoe), com 31,2%. Mas ainda há uma coalizão de esquerda com chances de garantir a maioria - a Podemos, da qual Díaz faz parte.
Ao The Guardian, um representante do PP acusou o partido de Díaz de não focar nas propriedades do país: “27% da população está em risco de exclusão social, onde a taxa de desemprego é a mais alta da Europa, onde famílias não consegue chegar ao fim do mês e onde os trabalhadores independentes lutam para se manter à tona”.
*Com informações da Reuters