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Carnaval aquece mercado de pequenos negócios no País

Projeções de alta no faturamento animam empreendedores

26 jan 2024 - 06h00
As amigas do Distrito Federal desenvolveram a marca Parangolés, com foco em roupas para pular o Carnaval
As amigas do Distrito Federal desenvolveram a marca Parangolés, com foco em roupas para pular o Carnaval
Foto: Arquivo Pessoal

Um dos períodos que mais movimentam a economia do país, com impacto sobre diversos setores, está chegando. Foliões já começam a pesquisar produtos e serviços para curtir o Carnaval, que em 2024 vai acontecer na primeira quinzena de fevereiro. Para quem empreende, o momento é de faturar mais e, até mesmo, expandir os negócios. 

Em 2023, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a folia movimentou mais de R$ 8 bilhões no país. A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) projeta faturamento até 15% superior ao do ano passado.

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A geração de empregos também fica aquecida com as vagas temporárias. Cozinheiros, profissionais de limpeza, animadores, entre outros, são funções com maior demanda. Para os pequenos negócios, o período é sinônimo de oportunidades. Microempreendedores individuais (MEIs) e micro e pequenas empresas (PMEs) já estão a todo vapor para lucrar mais.

O presidente do Sebrae, Décio Lima, destaca que a economia está aquecida e o empreendedor pode aproveitar a data com ações que possam gerar renda.

"O Brasil voltou a ser destino turístico e o Carnaval do Brasil é conhecido mundialmente. Só no ano passado, o país recebeu quase 6 milhões de turistas estrangeiros, maior patamar desde 2019. Por isso, é hora dos pequenos negócios se preparem para atender o público que vem atrás de um dos maiores patrimônios que o Brasil tem: criatividade, música e nossas raízes", diz Décio.

Faturar mais

Para os pequenos negócios, o Carnaval é um dos períodos mais prósperos do ano, representando oportunidade de equilibrar as contas. A Pura Color Beauty, empresa de “bioglitter”, tem uma meta importante para 2024: voltar ao nível de faturamento da empresa antes da pandemia. A sócia-diretora Luciana Duarte conta que apesar de a data chegar mais cedo este ano, a expectativa é de um faturamento de R$ 60 mil. 

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“Nossa intenção é voltar ao patamar de vendas pré-pandemia, pois chegamos a ter uma queda de 50%”, relata. “Conseguimos nos manter fazendo eventos, tanto serviço de maquiagem quanto a venda de brindes”, completa a gestora.

A empresa surgiu a partir da descoberta de uma das sócias de que o glitter comum era feito de microplástico, uma ameaça ao meio ambiente. Foi então que elas chegaram à fórmula sustentável do bioglitter, em 2017, e ao desenvolvimento de outros produtos que possibilitaram um crescimento ano após ano. 

A empresa participou de diversos programas e eventos de aceleração, entre eles o Inovativa, integrado pelo Sebrae, que oferece gratuitamente capacitação, mentoria, conexão e visibilidade a empreendedores inovadores.

Marca trabalha só no Carnaval

A marca Parangolés, de roupas para pular o carnaval, tem data certa para começar e finalizar os trabalhos. A partir de outubro, o negócio das amigas Tayná Haudiquet e Giovana Dachi, do Distrito Federal, começa a ganhar volume e segue até os dias da folia. 

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Com foco na sustentabilidade, uma das maneiras encontradas de causar impacto positivo foi por meio da reutilização de resíduos têxteis para a confecção das fantasias. Além disso, todas as sobras são guardadas para serem utilizadas na próxima coleção.

O diferencial da marca é que as roupas são feitas seguindo o princípio do upcycling – peças únicas, as quais dificilmente são produzidas duas do mesmo modelo. “Para 2024, o objetivo é vender todas as 130 peças do estoque e faturar por volta de R$ 37 mil”, explica Tayná.

A sócia conta que a escolha pelo trabalho apenas para o Carnaval se deu após orientações e consultorias com o Sebrae. 

“A gente precisaria de uma dedicação, de um tempo que a gente não tinha. Tentamos mudar o nicho da empresa e fazer roupas atemporais, mas percebemos que essa não era a melhor saída. O Sebrae nos deu essa visão de estratégica de negócio e voltamos o foco somente para o Carnaval”, conta a empreendedora.

Fonte: Agência Sebrae

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