Com o avanço da tecnologia, muitas maneiras de compras foram acrescentadas no cotidiano dos consumidores. Com isso, as formas de pagamento também passaram a se diferenciar.
A pandemia de Covid-19 foi um fator importante para acelerar a transição para um futuro sem dinheiro em espécie, fortalecendo o setor de pagamentos digitais e impondo mudanças nos comércios.
Os dados do Relatório de Economia Bancária, feito pelo Banco Central, apontam que o Pix foi o meio de pagamento digital mais utilizado no ano passado, tendo 29% das transações realizadas pelo meio, sendo que em 2021 esse número foi de 16%. Além disso, em termos de volume financeiro, o recurso teve uma participação de 12%.
O levantamento também aponta que o cartão de crédito foi o segundo mais utilizado, obtendo uma quantia de 20% nas transações. Logo em seguida está o cartão de débito, com 19% e em seguida o pré-pago, com 9%.
Seguindo essa tendência de digitalização e caminhando para o fim do uso do dinheiro em espécie, a pesquisa do Banco Central apontou que 79% das transações financeiras foram feitas por celular em 2022, um aumento de 10% comparado ao ano anterior. Já em 2019 esse percentual era de apenas 28%.
Por fim, a pesquisa aponta que 16% das operações foram feitas via internet banking e 5% foram realizadas por meio de canais presenciais.
Victor Ruiz, sócio-diretor da Gigatron Franchising, marca especializada em software de gestão para micro e pequenas empresas, afirma que a sociedade sem dinheiro, conhecida como cashless, é o futuro – e já está acontecendo.
“Muitos consumidores já passaram a utilizar apenas cartões ou Pix como forma de pagamento, deixando o dinheiro físico realmente em segundo plano”, revela ele.
A procura continua muito alta
Não são só os consumidores que estão em busca de locais que ofereçam essas formas de pagamentos, mas também os empreendedores. A procura por sistemas que possam os ajudar e, consequentemente, atrair mais clientes para o seu negócio, se intensificou nos últimos anos.
De acordo com Ruiz, a franquia tem recebido uma alta demanda por softwares que tenham disponibilidade de pagamentos online.
“Tivemos um aumento de 33% neste ano por varejistas buscando tecnologias onde o checkout é feito de forma integrada e online, usando tecnologias por aproximação e também via Pix”, comenta Ruiz.
Recursos para pagamentos digitais
Com essa onda de pagamento virtual, muitas empresas passaram a fazer adaptações na forma de como recebem de seus clientes. Uma das estratégias mais comuns é a inserção de QRCode no caixa para pagamento via Pix, ou máquinas de cartão com a opção de pagamento por proximidade.
Visualizando esse cenário, a Gigatron está introduzindo nos seus pontos de vendas e no cardápio virtual (um dos produtos da franquia), essas alternativas de pagamento.
“Atualmente, estamos focando em simplificar o checkout do estabelecimento, onde conseguimos melhorar a experiência do usuário e também garantir um processo seguro, com a validação do pagamento sendo feita na tela do cliente e só é possível prosseguir após o pagamento ser realizado”, detalha Victor.
Vantagens do cashless
Um dos principais benefícios em uma sociedade cashless é a menor quantidade de roubos. Isso, pois se a pessoa for roubada com dinheiro em espécie, dificilmente ela poderá recuperar. Porém, caso furtem seu celular ou cartão, ela poderá fazer o bloqueio de ambos imediatamente, mantendo assim suas contas intactas.
Além disso, Victor ainda completa dizendo que o gerenciamento de caixa será facilitado.
“Hoje, ao fechar o caixa do dia, o empresário deve recolher todo aquele dinheiro e sempre depositar. Além do tempo necessário para fazer isso, também causa muitos riscos, pelo montante que ele estará em mãos. Mas, com o dinheiro caindo direto na sua conta, ele consegue gerenciar tudo pelo seu aparelho, sem a necessidade de ficar indo até o banco.”
Cuidados que são necessários
Assim como os seres humanos, a tecnologia também é falha. Com isso, não se pode confiar totalmente nos aparelhos, tomando todos os cuidados básicos, para não cair em armadilhas e sempre verificar questões simples, como sinal do dispositivo e a bateria, detalhes que podem o fazer ficar sem dinheiro.
“Algumas falhas, interrupções e erros comuns também podem ocasionar em problemas, fazendo com que o consumidor perca sua capacidade de compra naquele momento. Da mesma maneira, os comerciantes não terão como aceitar os pagamentos virtuais caso o sistema não esteja funcionando”, finaliza o sócio-diretor da Gigatron.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.