Passageiros enfrentaram frustração no embarque para o cruzeiro Energia On Board no porto de Santos (SP), devido à prática de overbooking, deixando famílias para trás apesar de cumprirem exigências.
O que era para ser um fim de semana prolongado de diversão se tornou em uma experiência frustrante para centenas de pessoas que aguardavam para embarcar no cruzeiro temático Energia On Board, no porto de Santos, no litoral de São Paulo, desde a última quinta-feira, 20. Dezenas de famílias ficaram para trás por causa da prática de overbooking.
O termo originado do inglês refere-se a quando uma empresa vende mais passagens do que tem disponível, fazendo com que alguns passageiros não consigam embarcar mesmo cumprindo com todas as exigências, a exemplo de terem realizado o check-in e chegado com antecedência ao local de embarque.
Aqui no Brasil, o mais comum é que a expressão seja usada no contexto do setor aéreo, sendo que, inclusive, o Procon-SP tem uma cartilha em que fala sobre o overbooking praticado por companhias aéreas. Além disso, a Agência Nacional de Aviação (Anac) possui uma resolução de 2010 que prevê os direitos dos passageiros em caso de overbooking.
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Já o Código de Defesa do Consumidor não chega a usar a expressão de origem inglesa, mas pela interpretação de suas normas é possível entender que as empresas devem ser responsabilizadas pela prática de overbooking.
O artigo 14 do código afirma que: "O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos."
O cruzeiro Energia On Board é uma realização da empresa On Board Entretenimento. O Terra entrou em contato com seus representantes em busca de um posicionamento sobre o ocorrido, mas não continuaram o contato. Publicamente, também ainda não foi dada uma explicação. Nas redes sociais mantidas para anunciar o evento, as publicações continuam, mas os comentários foram fechados.
Os bilhetes para o passeio custavam de R$ 5 mil a R$ 12 mil, incluindo shows de artistas de sucesso dos anos 1980, como Paulo Ricardo e Sandra de Sá.