A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) elevou nesta terça-feira sua estimativa de crescimento econômico para a região este ano a 5,9%, diante da base baixa de comparação e de expectativas melhores de desempenho global, melhorando também o cenário para o Brasil.
No início de julho, o órgão das Nações Unidas havia projetado um crescimento do Produto Interno Bruto regional de 5,2%.
Entre os ajustes para cima, a economia do Brasil deve crescer 5,2%, de 4,5% antes, enquanto que a expansão do México passou a ser calculada em 6,2%, de 5,8%.
"A dinâmica de crescimento em 2021 reflete o efeito de uma base de comparação baixa devido à queda de 2020 e de um forte componente de carrego estatístico", disse a Cepal em seu relatório.
O órgão acrescentou que a isso se somam "os efeitos positivos do contexto internacional e da gradual abertura das economias e a flexibilização das medidas de distanciamento físico".
Mas a Cepal alertou que o bom desempenho não será suficiente para recuperar o nível de 2019 e que o futuro está marcado por incertezas sobre o avanço desigual da vacinação e sobre a capacidade dos países de reverter os problemas estruturais anteriores à pandemia.
A comissão ainda destacou que depois recuarem em 2020, as exportações da região contribuirão positivamente para o crescimento do PIB tanto este ano como em 2022.
O consumo privado será o principal motor da expansão em 2021 e 2022, representando mais da metade do incremento da atividade econômica.
Para 2022, a Cepal manteve sua projeção de desaceleração do crescimento da região a 2,9%.