O ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, afirmou em delação premiada que pagou propina de US$ 6 milhões aos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Jader Barbalho (PMDB-PA).
Na ocasião, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) também teria sido destinatário de propina. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o valor é de US$ 2 milhões. O jornal O Estado de S. Paulo informou que o senador recebeu cerca de US$ 800 mil e o Valor Econômico aponta US$ 500 milhões recebidos em propina da GE (General Electric).
Os pagamentos não viriam em uma única obra, mas de um emaranhado de propinas arrecadadas em vários contratos da diretoria internacional da estatal, afirmou Cerveró em seu depoimento.
Outro delator da operação, o lobista Fernando Soares (Fernando Baiano) apresentou versão parecida com a de Cerveró. Segundo Baiano, Renan e Jader teriam recebido US$ 6 milhões de propinas em contrato de navio-sonda, enquanto Delcídio teria ficado com comissão de US$ 1,5 milhões.
Nestor Cerveró fechou acordo de delação premiada no dia 18 de novembro e é pivô da prisão de Delcídio, ocorrida no dia 25 do mesmo mês.