O Ministério do Comércio da China anunciou nesta quinta-feira uma série de medidas destinadas a impulsionar o comércio exterior do país, incluindo a promessa de fortalecer o apoio financeiro às empresas e expandir as exportações de produtos agrícolas.
Com a ameaça do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas superiores a 60% sobre todos os produtos chineses, o que tem abalado os fabricantes chineses e acelerado a realocação de fábricas para o Sudeste Asiático e outras regiões, os exportadores da segunda maior economia do mundo estão se preparando para quaisquer distúrbios no comércio.
O comércio tem sido um raro ponto positivo na economia chinesa nos últimos meses, uma vez que a fraca demanda doméstica e a desaceleração do setor imobiliário têm prejudicado o crescimento.
A China incentivará as instituições financeiras a fornecerem mais produtos para ajudar as empresas a melhorarem sua gestão de risco cambial e a fortalecerem a coordenação de políticas macroeconômicas para manter o iuan "razoavelmente estável", disse o ministério em um comunicado.
O país também expandirá as exportações de produtos agrícolas e apoiará as importações de equipamentos essenciais e produtos de energia, segundo o comunicado.
"(Nós) orientaremos e ajudaremos as empresas a responder ativamente às restrições comerciais irracionais de outros países e criaremos um bom ambiente externo para as exportações", segundo o comunicado.
Uma pesquisa da Reuters com economistas mostrou nesta quinta-feira que os EUA poderiam impor tarifas de quase 40% sobre as importações da China no início do próximo ano, o que poderia reduzir o crescimento chinês em até 1 ponto percentual.
As medidas foram aprovadas anteriormente pelo gabinete da China em 8 de novembro, em uma reunião presidida pelo primeiro-ministro, Li Qiang, informou a mídia estatal.