A visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil nesta semana se mostrou frutífera para a América Latina, região considerada estratégica para o país asiático. Em encontro de alto nível com nações latino-americanas e caribenhas, a China anunciou criação de dois fundos e uma linha de crédito que, somados, chegam a US$ 35 bilhões.
“O presidente chinês anunciou o lançamento de um fundo específico para projetos de infraestrutura, chegando a um total de US$ 20 bilhões, mas o fundo vai começar com um capital inicial de US$ 10 bilhões”, disse a presidente a jornalistas.
De acordo com Dilma, a China vai criar ainda uma linha especial de crédito de US$ 10 bilhões por meio do Banco da China para aumentar investimentos na América Latina. O segundo fundo de cooperação ainda não possui áreas estabelecidas, mas contará com um aporte de US$ 5 bilhões.
O volume de recursos da China a ser injetado na América Latina demonstra a desproporção da China em relação aos demais países emergentes que compõem o bloco formado ainda por Brasil, Rússia, Índia e África do Sul (Brics). Para efeitos de comparação, o grupo assinou ontem acordo para a criação de um banco conjunto de desenvolvimento que terá capital inicial de US$ 50 bilhões com cotas igualitárias entre os sócios.