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Cibercriminosos pagam bem e dão até férias a ‘funcionários’

Os grupos de cibercriminosos montam estruturas que assemelham-se a empresas convencionais

1 mar 2023 - 06h00
Foto: Adobe Stock

O salário é alto, pode chegar até a R$ 5 milhões por ano. E tem folgas, férias. Esse emprego dos sonhos, porém, é no cibercrime. Hackers, desenvolvedores, administradores e designers são muito procurados por cibercriminosos para trabalhar com salários bem atraentes.

É o que aponta recente estudo da empresa de segurança cibernética Kaspersky, que analisou mais de 200 mil mensagens relacionadas a “empregos” no cibercrime, espalhadas por 155 fóruns da Dark Web entre 2020 e 2022. O pico das mensagens aconteceu em março de 2022, provavelmente por conta dos acentuados problemas econômicos vividos por diversos países devido a pandemia da Covid-19.

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As tarefas são bem específicas e geralmente o pagamento é por “produtividade”, porém, a cada tarefa bem-sucedida a equipe recebe bônus e uma folga extra.

E você já parou para pensar como seria uma “entrevista de emprego” para esse tipo de trabalho? Na verdade, são testes. Os candidatos precisam criptografar arquivos, driblar a ação de antivírus e estarem sempre disponíveis online.

Sem noção do perigo

Os anúncios para esse tipo de “emprego” não são diferentes do que se encontra normalmente no LinkedIn. Veja este anúncio, destacado pela própria Kaspersky:

“Procuramos um candidato para juntar-se à nossa equipe para supervisionar tarefas administrativas e de recrutamento básicas. Salário entre US$ 5 mil e US$ 8,5 mil por mês, via criptomoedas. Precisa ser bom em códigos e ter experiência em desenvolvimento web, pois alguns de nossos serviços administrativos exigem habilidades desse tipo. Tem que estar motivado e estar 100% comprometido com a equipe.”

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Os pesquisadores da Kaspersky ressaltam que as pessoas buscam esse caminho por causa do dinheiro, mas muitas delas parecem não ter real ideia das implicações e dos riscos de se envolver com cibercriminosos. Na verdade, a maioria busca esse caminho depois de uma demissão ou por não conseguir emprego formal.

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