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Citi rebaixa recomendação e corta preço-alvo da Ambev (ABEV3)

22 jan 2025 - 16h14
Ambev (ABEV3) anuncia programa de recompra de até 24 milhões de ações
Ambev (ABEV3) anuncia programa de recompra de até 24 milhões de ações
Foto: Suno

O Citi atualizou suas estimativas para a Ambev (ABEV3), rebaixando a recomendação para as ações de "compra" para "neutra" e cortando o preço-alvo de R$ 14,50 para R$ 11,80.

Os analistas afirmam que os obstáculos para a empresa estão se acumulando, mesmo com a execução consistente nos últimos cinco anos, marcada por iniciativas inovadoras como o BEEZ e o Zé Delivery.

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Entre os principais riscos para a ABEV3, o Citi destaca:

  • Volumes em desaceleração: Previsão de queda de 1% nos volumes de cerveja no quarto trimestre de 2024.
  • Dificuldades no repasse de preços: Pressões competitivas no Brasil, impulsionadas pela Heineken e Petrópolis, limitam a capacidade da Ambev de ajustar preços.
  • Custos crescentes: A alta nos preços do açúcar impacta os negócios de bebidas não alcoólicas (NAB), enquanto a depreciação do real frente ao dólar afeta o custo dos produtos vendidos (CPV).
  • Tendências globais adversas: Fatores macroeconômicos como câmbio e preços de commodities reduzem margens.

Ambev no 4T24

Para o balanço da Ambev do quarto trimestre de 2024, o Citi projeta um desempenho morno. Os analistas esperam que a empresa registre um Ebitda de R$ 8 bilhões e um lucro líquido de R$ 4,4 bilhões no período.

Segundo o relatório, a receita de cervejas no Brasil será impactada pelo clima desfavorável e pela intensa competição, com aumento de preços limitado a 2%, abaixo da inflação. No segmento de bebidas não alcoólicas, os volumes também devem permanecer pressionados, diz a casa, com custos adicionais decorrentes da alta do açúcar.

Perspectivas para 2025

Para este ano, o Citi projeta um crescimento de 2% nas receitas da Ambev em relação a 2024 e Ebitda estável. Já a margem Ebitda deve cair 50 pontos-base, para 30,7%, pressionada pela alta nos preços das commodities e pelo efeito negativo da desvalorização do real frente ao dólar sobre os custos.

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O lucro líquido da Ambev, segundo a casa, deve crescer em um dígito médio, o que indica uma perspectiva desafiadora para os próximos anos.

O Citi ressalta que o desconto atual das ações da Ambev em relação aos seus pares globais pode não ser suficiente para atrair investidores, considerando os obstáculos mencionados. Apesar disso, a sólida execução da empresa em iniciativas estratégicas e a força de sua marca permanecem como pontos positivos.

Por volta das 15h30 desta quarta-feira (22), a Ambev operava em queda de 1,96% no Ibovespa, com as ações cotadas a R$ 11,03.

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