Projeções feitas a partir de levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), indicam que neste ano o Dia dos Pais deverá movimentar cerca de R$ 4,4 bilhões no comércio varejista, gerando crescimento de 4,3% nas vendas, em relação ao ano passado.
Os números divulgados hoje pela CNC, indicam que, apesar do crescimento em relação ao ano passado, esta deverá ser a menor alta nas vendas do varejo para a data desde 2004 (portanto dos últimos 10 anos), quando o Dia dos Pais teve crescimento de 1,6%.
Na avaliação do economista da CNC, Fabio Bentes, o ritmo mais fraco das vendas no próximo Dia dos Pais resultará principalmente do encarecimento do crédito. Segundo ele, “o custo mais alto dos empréstimos, aliado à tendência de encurtamento do prazo médio observada desde dezembro, têm desestimulado a tomada de novos recursos”.
As projeções da CNC indicam que, com expansão de 10,4% sobre o ano passado, apenas o ramo de farmácias, perfumarias e cosméticos deverá ter crescimento maior em relação a 2013, uma vez que todos os demais setores geralmente afetados positivamente pelo Dia dos Pais deverão registrar taxas inferiores.
No caso do ramo vestuário, o crescimento vai desacelerar de 3,6% em 2013 para 2,1%, e, no setor de hiper e supermercados de 3,6% para 2,8%. Juntas as duas atividades concentram 67,1% do faturamento do varejo gerado pela data. Destacam-se, ainda, o crescimento de 5,4% nas vendas nas lojas de móveis e eletrodomésticos e a queda de 3,8% no setor de livrarias e papelarias.
De acordo com a CNC, o baixo crescimento das vendas do varejo entre o ano passado e este ano, acontece mesmo com um quadro “ligeiramente inferior” na variação média dos preços dos dezesseis bens pesquisados .
Entre os bens ofertados a variação média dos preços será de 4,4%, contra 8% de alta em 2013; e no caso dos serviços, de 10,1%, contra 8,2% de alta em 2013. Produtos como televisores estarão 7,2% mais baratos; aparelhos telefônicos (-6,6%; e CDs e DVDs -3,9%). Por outro lado, a alimentação fora de casa está mais cara 10,2% e segue como uma das principais fontes de pressão sobre os preços.