A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou para baixo as previsões de queda da economia para este ano. A estimativa para retração do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 3,1%, divulgada em abril, para 3,5%. A pressão para a queda do PIB industrial foi alterada de 5% para 5,4%.
De acordo com o Informe Conjuntural da CNI, "a mudança no quadro político possibilitou uma conjugação favorável a ajustes estruturais que exigem mudanças legislativas e constitucionais, como é o caso da reforma da Previdência e da imposição de limitadores ao crescimento do gasto público".
Investimentos
"A proposta no âmbito federal, já enviada ao Congresso, é um avanço. Mas seus efeitos serão sentidos apenas no médio prazo, pois dependem da retomada do crescimento e ainda serão necessárias novas alterações no processo orçamentário para que se torne efetiva", acrescentou o informe.
De acordo com as perspectivas da CNI para o ano de 2016, os investimentos recuarão 13,9% e o consumo das famílias diminuirá 4,8%. Em relação ao desemprego, a previsão da CNI é que a taxa anual alcance 11,5% da População Economicamente Ativa (PEA).
Na avaliação da CNI, a inflação ao fim do ano chegará a 7,3%, ante 7,1% estimados em abril. A estimativa para a taxa de câmbio média de 2016 é R$ 3,48, contra R$ 3,33 em 2015, uma desvalorização de 4,6%.