A Colômbia acelerou a operação em busca dos 20 bilhões de dólares (cerca de R$ 98,2 bilhões, na cotação do momento) em tesouros do navio espanhol galeão San José, afundado há três séculos (1708) no mar do Caribe.
Embora a sua propriedade ainda esteja em disputa, o presidente colobiano Gustavo Petro autorizou uma expedição público-privada para realizar o trabalho. Petro prometeu recuperar o tesouro antes do seu mandato terminar em 2026.
"Esta é uma das prioridades da administração Petro. O presidente nos disse para acelerarmos o ritmo", afirmou o ministro da Cultura colombiano, Juan David Correa, à mídia na semana passada.
O galeão San José transportava ouro, prata e pedras preciosas para corte do rei Felipe V quando foi afundado em batalha. O navio era considerado uma lenda, até que a empresa norte-americana Glocca Morra descobriu seu paradeiro em 1981.
Em 2015, no entanto, o então presidente colombiano Juan Manuel Santos anunciou que a Marinha da Colômbia tinha localizado os destroços do San José em um local diferente do que a empresa norte-americana tinha indicado.
Batalha judicial
Os direitos ao tesouro estão sujeitos a uma disputa de décadas. De um lado, o governo colombiano. Do outro, a empresa americana que encontrou o navio, nos anos 80. E nessa disputa ainda tem o governo espanhol, que reclama a carga do navio, e indígenas bolivianos.
Os espanhol argumentam que o galeão pertencia à sua Marinha, enquanto o povo Qhara Qhara da Bolívia diz que as riquezas foram tiradas de suas terras, depois colonizadas pelos espanhóis. Colombianos e investidores americanos argumentam que foram os responsáveis pelo descobrimento do navio.