Casal que se organiza junto, prospera junto. Quando falo sobre isso, estou incluindo não apenas a parte financeira, mas também o autocuidado, o cuidado com a relação e até as obrigações com a casa. Afinal, relacionamento é uma negociação constante baseada em compromisso e muito diálogo.
Nesse artigo, o exemplo é voltado para um casal, mas o conteúdo também se aplica a quem mora junto com a família.
A vida em conjunto é feita de acordos. Quando cada parte sabe bem o que precisa dar e o que vai receber, as chances de conflitos diminuem. Não há vida sem problemas, mas eu sou do time que faz o possível para evitá-los alinhando bem as expectativas.
Para te ajudar a manter um diálogo assertivo com o seu parceiro ou parceira sobre as finanças do casal, eu separei algumas dicas. Vamos a elas:
Conselho de Ouro: o combinado não sai caro
Se relacionam há um tempo e decidiram morar juntos? Faça um contrato mesmo que seja de gaveta. Pesquise um modelo de contrato na internet, edita esse documento colocando no papel todos os termos que você considera fundamentais para uma parceria de sucesso. Vai por mim, o combinado não sai caro. Se as duas partes leram, aceitaram os termos e assinaram, esse contrato pode ser um guia quando as coisas saírem dos trilhos, além de valer como prova, caso vocês precisem.
Escolham uma ferramenta de organização que funcione para vocês
Uma casa é como uma pequena empresa, com departamentos que precisam funcionar em harmonia. Quando falamos de casais, o ideal é que essa organização aconteça em conjunto, dividindo as responsabilidades de forma justa.
Por exemplo: se uma das pessoas assume toda a carga mental da casa envolvendo o planejamento, a execução e a avaliação de todos os processos, é claro que ficará sobrecarregada e se sentindo incompreendida, afinal, o outro nunca saberá todas as etapas que envolvem uma simples compra de mês no mercado.
Planilha, caderninho, aplicativo, grupo de whatsapp, lista de tarefas na porta da geladeira… O importante é usar essas ferramentas e não deixar conversa acumulada. Conheçam os gastos fixos e variáveis e conversem sobre isso. O esquema “deixa a vida me levar” só funciona na canção do Zeca; na vida real ele não costuma acabar bem.
A divisão de despesas não deve ser igual, mas proporcional
A divisão não deve ser feita meio a meio e sim proporcional aos ganhos de cada um. Somem todas as despesas e depois somem os ganhos do casal para entender a parcela de cada um no todo.
Exemplo: se a renda familiar for de R$ 5.000,00 no total, mas a pessoa A ganha R$ 2.000,00 e a pessoa B ganha R$ 3.000,00. Então, A vai pagar 40% do valor total das contas, enquanto B pagará 60% desse total.
Os meus, os seus, os nossos
Criem uma conta digital gratuita apenas para gerir o dinheiro “da casa”. Nessa conta você irá depositar todo mês a sua parte da contribuição e o seu parceiro ou parceira irá depositar a parte dele. E é dessa conta que vão sair os pagamentos das despesas conjuntas e despesas da casa: aluguel, contas, alimentação, consertos etc.
Além de manter o dinheiro pessoal e a grana da casa separados, é importante ter um lugar para enviar todos os comprovantes de depósitos e pagamentos para que ambos possam conferir o andamento das finanças domésticas. Aqui em casa eu criei um grupo de whatsapp chamado “finanças do casal” que funciona super bem.
As dicas que coloquei aqui em cima são o básico do básico. Se você quer viver bem ao lado de outra pessoa, eu considero todas elas indispensáveis. Caso esteja muito difícil colocar tudo isso em prática com o bonde andando, recomendo fortemente que busquem ajuda de uma consultoria de organização financeira para colocar tudo no lugar. Depois que tiver com esse norte, dá para seguir por conta própria.
