A Jordana Gleise, mais conhecida pelo nome artístico Jojo Todynho compartilhou um vídeo que me deixou profundamente feliz! Nele ela está compartilhando com os seguidores a conquista de ter ingressado no curso de direito e mostra, um por um, os seus materiais escolares novinhos em folha, cor de rosa e com temas de personagens infantis.
Entre cadernos, canetas e com direito até a mochila de carrinho, é possível ver a felicidade genuína de uma jovem mulher de 26 anos que só agora está realizando o sonho de estudar com o material escolar que ela escolheu e pôde pagar por ele.
Ver esse vídeo fez eu me identificar em vários níveis e me colocou para pensar: quantas pessoas também vão se identificar com esse sentimento?
Ele me fez lembrar uma conversa que tive com o meu irmão tempos atrás. Na ocasião, trocamos sobre a experiência recente de ter dinheiro e poder escolher como gastá-lo. Estávamos observando o que o nosso padrão de consumo dizia sobre as faltas que vivemos quando criança e como, muitas vezes, deixávamos de guardar mais dinheiro apenas pelo fato de usar o dinheiro para suprir essas faltas.
O meu irmão é muito ligado à estética e eu sei bem porque ele investe tanto em roupas e tênis, lembro claramente do que vivemos na infância e o que nos levou até isso. Do meu lado, acho difícil seguir uma dieta rígida porque toda vez que eu sou convidada para lugares mais sofisticados e com um pouco mais de conforto e fartura eu quero aproveitar ao máximo e experimentar todos os pratos que eu nunca tive a oportunidade de provar.
Meu pai me ensinou um planejamento alimentar que consiste no seguinte: se for comer fora, não coloque no prato nada do que você já está acostumado a comer em casa. Feijão, arroz e frango? Nãaaao! Em um buffet self-service eu serei sempre aquela que vai colocar salmão defumado, nozes e queijo com geleia de damasco (risos).
Para muita gente são brinquedos, video games, doces e salgadinhos no supermercado… Eu acho tão importante trazer essa discussão aqui na coluna porque muitas vezes somos cobrados e também nos cobramos para lidar bem com o dinheiro, mas esquecemos que muitos dos nossos comportamentos atuais são repetições atualizadas de vivências infantis.
E por aí, quais são os gastos que você faz para suprir as necessidades da sua criança interior? Já parou para pensar nisso? Como a sua criança se expressa no seu orçamento financeiro?