'Se você empreende, peça o divórcio'

Um guia essencial para separar a pessoa física da jurídica

20 dez 2022 - 16h41
(atualizado em 10/1/2023 às 10h59)
Separe as finanças das pessoas física e jurídica
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Separar as pessoas física e jurídica talvez seja a atitude mais importante para uma pessoa que empreende. Para ser saudável, esse “relacionamento” (como todos os outros) precisa de limites justos e bem estabelecidos.

Se você já viu informações parecidas em outros lugares, é porque elas são muito, mas muito importantes. Fazer ou não esse “divórcio” pode ser o ponto de virada entre negócios que prosperam ou vão à falência.

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Como empreendedora, eu conheço o desejo de ver nosso sonho crescer. Além disso, sou testemunha do poder da organização financeira na própria Grana Preta. Hoje, eu e minha sócia temos pró-labore, contas em dia, fundo de reserva e uma equipe com salários pagos em dia. E tudo isso só foi possível a partir do momento que eu entendi que o dinheiro da minha empresa é dela, não meu.

Fazer ou não esse “divórcio” pode ser o ponto de virada entre negócios que prosperam ou vão à falência.
Fazer ou não esse “divórcio” pode ser o ponto de virada entre negócios que prosperam ou vão à falência.
Foto: iStock

Passo a passo essencial para separar a pessoa física da jurídica

1 - Tenha contas separadas: se você ainda não tem contas separadas para suas pessoas física e jurídica, está brincando com coisa séria. Além de facilitar a organização das finanças, isso evita problemas bem concretos, como a cobrança de dívidas empresariais na sua conta pessoal.

2 - Controle suas despesas: anote TUDO que você gasta e recebe. Não precisa ser todo dia, mas pelo menos uma vez por semana. Isso te dá controle da situação, ao invés de tomar um susto no dia de comprar insumos ou pagar fornecedores.

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3 - Tenha um pró-labore: o dinheiro da empresa serve para várias coisas além de te pagar. Por isso, defina um pró-labore, como chamamos o salário do empreendedor, antes mesmo da sua empresa faturar o suficiente para te pagar um salário ideal. O restante deve ser usado para pagar os custos do negócio (gasto com pessoal, água, luz, aluguel, impostos, etc.) e fazer uma reserva técnica (que eu já vou explicar).

4 - Crie um fundo para reserva técnica: você não sabe quando seu celular vai ser roubado, o notebook pifar ou uma leva de clientes sumir. Por isso, é essencial guardar uma parte do que você recebe para emergências. Quando acontecer, você vai agradecer a si mesma por ser tão prevenida.

5 - Calcule seu lucro: para saber se o negócio vai bem, é preciso saber onde termina o lucro e começa o prejuízo. O faturamento é todo o valor que entra no seu caixa. O lucro é o que sobra após pagar impostos, custos e despesas.

6 - Para quem empreende em casa: empreender em casa é como morar com uma amiga. Suas pessoas física e jurídica precisam dividir de forma justa os custos compartilhados. A depender do negócio, isso pode envolver aluguel, luz, água, gás, entre outros custos. Se você não faz essa conta, um dos lados vai sair perdendo.

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E no seu negócio, como anda a relação entre pessoa física e jurídica? Antes de responder, já manda esse post para aquela amiga empreendedora que tá precisando de um puxão de orelha.

Fonte: Amanda Dias
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