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Com 5,9%, desemprego chega a maior nível desde junho de 2013

Taxa medida pela Pesquisa Mensal de Emprego aponta para o aumento de procura de vagas no mercado, com elevação de 10,2% em fevereiro

26 mar 2015 - 11h05
<p>Desemprego segue em elevação no Brasil</p>
Desemprego segue em elevação no Brasil
Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini / Fotos Públicas

O desemprego no Brasil subiu pelo segundo mês seguido e atingiu 5,9% em fevereiro, maior nível desde junho de 2013, novamente com aumento da procura, em mais um golpe para a abalada imagem do governo da presidente Dilma Rousseff.

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O número apontado pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou um pouco acima da expectativa apontada em pesquisa da Reuters, de 5,7%. Em janeiro, a taxa de desemprego havia subido a 5,3%, após ter igualado no mês anterior o menor nível histórico de 4,3%.

O aumento da taxa da PME em fevereiro mais uma vez tem como um de seus fatores o aumento da procura por vagas. A população desocupada, que são as pessoas sem trabalhar, mas à procura de uma oportunidade, subiu 10,2% em fevereiro na comparação mensal e avançou 14,1% na base anual, atingindo 1,419 milhão de pessoas.

Ao mesmo tempo, a população ocupada diminuiu 1% sobre janeiro e recuou 0,9% ante o mesmo período do ano anterior, chegando a 22,775 milhões de pessoas.

O comércio teve queda de 1,3% no número de vagas na comparação com janeiro, o que significa 57 mil postos de trabalho a menos. Mas em relação a fevereiro de 2014, houve alta de 1,5 % (mais 65 mil postos).

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Os problemas enfrentados pelo comércio já haviam sido destacados em dados do Ministério do Trabalho, que mostraram que no mês passado o Brasil perdeu 2.415 vagas formais, no pior resultado para meses de fevereiro desde 1999, influenciado por elevadas demissões de trabalhadores no comércio e na construção civil.

O IBGE também informou que a renda média real caiu 1,4% sobre janeiro e recuou 0,5% sobre um ano antes, a R$ 2.163,20. As altas da taxa de desemprego no início do ano refletem a fragilidade da economia, num momento de inflação alta, juros elevados, aperto fiscal e perspectiva de contração da atividade neste ano.

Diante desse cenário, o mercado de trabalho brasileiro vem há tempos mostrando sinais de esgotamento. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que com abrangência nacional tem previsão de substituir a PME, a taxa de desemprego subiu a 6,8% no trimestre encerrado em janeiro, diante também do aumento da procura por trabalho.

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