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Com ajuda externa, Ibovespa sobe 0,52% após novo dia volátil

O Ibovespa fechou aos 48.848 pontos, após oscilar entre queda de 0,41% na mínima e 1,25% na máxima

16 mar 2015 - 18h23

A Bovespa fechou a segunda-feira (16) em alta, após um pregão volátil, marcado pelo vencimento de opções sobre ações e repercussão dos protestos contra o governo federal, tendo como pano de fundo o desempenho positivo em bolsas no exterior.

<p>A Usiminas descolou, principalmente os papéis ordinários, que não estão no Ibovespa e voltaram a disparar, fechando em alta de 35,29%</p>
A Usiminas descolou, principalmente os papéis ordinários, que não estão no Ibovespa e voltaram a disparar, fechando em alta de 35,29%
Foto: Gary Hershorn / Reuters

O Ibovespa subiu 0,52%, a 48.848 pontos, após oscilar entre queda de 0,41% na mínima e 1,25% na máxima. O volume financeiro, incluindo as operações atreladas ao vencimento de opções, somava R$ 7,7 bilhões.

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Do total movimento nesta segunda-feira, R$, 2,1 bilhões foram referentes ao vencimento de opções. No ano, o volume médio diário está em R$ 6,6 bilhões.

"O mercado continua refletindo a confusão política que o País está atravessando", disse o gerente de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus. "A volatilidade continua alta, os ativos oscilam muito, porém o volume está fraco, perto do que já tivemos no passado, demonstrando que o dinheiro do mercado em maioria é especulativo", afirmou.

Em relação aos protestos, o ex-diretor do Banco Central Mario Mesquita, que comanda a área de economia do Banco Brasil Plural, avaliou que enfraquecem o governo, o que, no curto prazo, tendem a dificultar a implementação do ajuste fiscal.

Para o sócio e diretor de estratégia da Arko Advice Thiago Aragão a solução dos problemas de Dilma Rousseff passam pelo PMDB, que ganhou importância após as manifestações de domingo. "O partido pode ser a bala de prata, pode ser a salvação do governo, depende do valor que Dilma quiser dar a ele", disse Aragão.

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No exterior, a trégua no enfraquecimento do euro ante o dólar amparou ganhos em Wall Street e também proporcionou suporte na Europa, enquanto o mercado aguarda a decisão de juros nos Estados Unidos nesta semana.

O mercado continua refletindo a confusão política que o País está atravessando", disse o gerente de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus
Foto: Paulo Whitaker / Reuters
Papel por papel

Petrobras encerrou em alta de 1,93%, após recuar no meio do pregão, com o noticiário incluindo fala do diretor de Gás e Energia, Hugo Repsold, de que a estatal vai tentar antecipar o máximo possível a publicação de balanço.

As ações da companhia estão entre as séries mais líquidas do vencimento e também tendem a ser influenciadas pelo exercício. A CCR e a EcoRodovias ficaram na ponta positiva do índice nesta segunda-feira, quando foram entregues propostas para o leilão da ponte Rio-Niterói.

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Seis grupos entregaram ofertas, entre eles CCR e Ecorodovias. A Triunfo Participações, que não está no Ibovespa, disparou 20%. De acordo com uma fonte do governo federal, a empresa é uma das que fez proposta para o leilão da ponte. 

A EDP Energias do Brasil avançou 5,4%, com analistas do Bank of America Merrill Lynch elevando preço-alvo da ação para R$ 12 e mantendo a recomendação de "compra". A trégua no avanço do dólar no exterior amenizou a alta da moeda americana frente ao real e enfraqueceu papéis como do setor de papel e celulose e de empresas exportadoras.

No caso das siderúrgicas, que tendem a reagir ao dólar, a Usiminas descolou, principalmente os papéis ordinários, que não estão no Ibovespa e voltaram a disparar, fechando em alta de 35,29%. Operadores não souberam justificar o forte avanço, conforme a companhia segue mergulhada em uma crise interna de disputa de poder. 

Já a CSN, que detém ações da empresa e cobra na justiça direito de tag along (opção para o controlador comprar ações do minoritários) na operação que levou o grupo Ternium-Techint ao bloco de controle da companhia, foi na esteira e subiu 1,64%.

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