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Com inadimplência alta, surgem opções de financiamento imobiliário

Taxado geralmente como pouco acessível, setor de imóveis terá que se adaptar ao novo cenário de financiamento em 2023

17 abr 2023 - 06h00
Foto: Adobe Stock

Espera-se que em 2023, as aprovações de limites de crédito sejam mais conservadoras do que nos dois últimos anos. Segundo dados da Boa Vista Serviços, divulgados em dezembro de 2022, a inadimplência subiu para 2,2% em novembro, em comparação com o mês anterior: foi o quinto mês seguido de alta. Na comparação com novembro do ano passado, houve uma alta bastante expressiva, de 38,3%, um cenário que acende o sinal de alerta para o mercado ― entre eles, o setor imobiliário.

Com toda a liquidez de mercado promovida em 2022 e a injeção de recursos para conter a crise econômica, não só no Brasil, mas também no mundo, aumentou a oferta de crédito para pessoas e empresas. Com as adversidades do momento, muitos credores deixaram de pagar suas dívidas, precisando renegociar dívidas e até mesmo alongá-las. 

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Não à toa, o nível de endividamento das famílias registra 30,4% conforme apurado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

Como funciona essa nova opção de financiamento

Algumas empresas estão se esforçando para promoverem novas opções de financiamento visando criar maneiras mais acessíveis e menos custosas, principalmente em torno do mercado de imóveis, que por si só, geralmente é visto como um dos mais altos em relação ao preço. 

Um desses exemplos é a parceria entre a incorporadora Even e aMORA, proptech que trabalha com flexibilidade do aluguel para seus clientes que não conseguem comprar um imóvel nos modelos atuais de financiamento.

A opção oferecida pela startup possibilita que parte do aluguel dos clientes se torne a entrada para aquisição do imóvel caso esses consumidores queiram se tornar os proprietários no futuro, com ofertas expostas em alguns estandes da Even, no qual os clientes têm a possibilidade de disponibilizar uma entrada de 5%, fazendo com que a empresa adquira o imóvel escolhido pelo potencial comprador. 

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Com tudo acertado, a aMORA faz um contrato de aluguel válido por três anos e ao final, parte do valor arrecadado da mensalidade retorna como um "cashback" que passa a ser a entrada para aquisição final.

Com um cenário macroeconômico ainda repleto de incertezas e a elevação no número de endividados, é importante que todos os setores que movimentam a economia, passando pelas famílias e seus orçamentos domésticos, empresas, bancos, poder público, entre outros agentes, estejam atentos à aceleração do aumento da inadimplência em 2023. 

Essa é a hora ideal para as pessoas repensarem os modelos de negócios oferecidos e para as corporações, é o momento de se pensar em novas alternativas para os problemas atuais.

(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da COMPASSO, agência de conteúdo e conexão.

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