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Com Selic a 13,75%, vale a pena investir em imóveis?

Saiba se o atual patamar dos juros beneficia ou prejudica quem deseja adquirir um imóvel no Brasil

10 mai 2023 - 05h00
(atualizado às 08h22)
Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 13,75%
Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic em 13,75%
Foto: iStock

Pela sexta vez consecutiva, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira, em 13,75%. A manutenção do atual patamar pode influenciar nos próximos meses quem planeja adquirir um imóvel no Brasil.

Em geral, juros elevados prejudicam o desenvolvimento econômico, pois os financiamentos, empréstimos e pagamentos com cartão se tornam mais caros. No entanto, há quem defenda que seja possível negociar valores e fechar negócios atrativos no atual cenário.

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Nathan Varda, head da Propdo no Brasil, proptech que fornece soluções em software para tomada de decisão no segmento imobiliário, explica que a estabilidade da taxa Selic, ainda que seja em 13,75%, pode beneficiar quem deseja comprar um imóvel. Ele comenta que este é um momento oportuno para negociar a compra de propriedades que já estavam no mercado entre 2020 e 2021, mas ainda não foram vendidas. 

Segundo o executivo, com a Selic mais alta, os compradores tentam ser mais assertivos nesse tipo de investimento, justamente pelo alto valor dos financiamentos. Já os vendedores procuram ser mais flexíveis em relação a preços e diferenciais do imóvel para conseguirem realizar a venda.

“Antes do aumento da Selic, faltavam opções mais acessíveis, pois os vendedores estavam aproveitando a alta demanda e a saída de alguns players do mercado para cobrar mais caro, uma vez que a oferta estava menor. A situação se inverteu [com a Selic a 13,75%]. Com a necessidade de vender seus imóveis, os donos devem se adequar ao poder de compra dos interessados e ‘abrir mão’ de preços muito altos”, diz Varda.

A projeção do executivo, no entanto, é contestada por alguns agentes do mercado imobiliário. A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), por exemplo, defende que os juros altos são entraves ao desenvolvimento econômico, social e principalmente à geração de empregos no Brasil.

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Segundo a associação, a Selic em 13,75% inibe a realização novos investimentos e prejudica a vida de diversas empresas, nos mais variados segmentos. “Nos níveis atuais, a despesa com juros bancários compromete a saúde financeira das empresas, que ficam impossibilitadas de crescer e com dificuldades de arcarem com suas despesas obrigatórias”, afirma.

Além da redução na Selic, a Abrainc sugere que o Banco Central adote medidas que elevem o financiamento ao setor imobiliário. Uma delas seria o aumento no percentual de recursos da Poupança, que é direcionado obrigatoriamente ao financiamento de imóveis - dos atuais 65% para 70%. 

Fonte: Redação Terra
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