O Banco Central (BC) divulgou esta semana o plano de lançar uma versão digital do Real e o povo quer saber, já posso fazer um Drex?
Acalme seu coraçãozinho pois, de acordo com a expectativa do BC, a moeda digital brasileira só entrará em operação no fim de 2024.
Então vamos decifrar essas siglas e compreender do que estão falando:
- • Drex é a versão digital do Real, aquelas cédulas lindas cujas imagens representam a fauna brasileira. Eu amo!
- • Pix não é uma moeda e sim um instrumento, uma maneira de movimentar reais para outra conta.
O que foi divulgado sobre o Drex?
- • Drex não é um criptoativo, ou seja, não é uma criptomoeda como Bitcoin, é somente uma versão digital do Real;
- • Para usar o Drex você terá que ter uma carteira virtual em alguma instituição autorizada pelo BC;
- • O principal objetivo é reduzir custos de operações e facilitar o acesso a diversos produtos financeiros;
- • Sua emissão e custódia é de responsabilidade do BC, que também deve garantir proteção à privacidade, segurança jurídica e cibernética nas operações;
- • Sua distribuição ficará a cargo de bancos e instituições de pagamento, como já acontece hoje com as cédulas e moedas do Real.
- • Poderemos trocar o Real (em notas e moedas) pela moeda digital e vice-versa, mas este não é o foco do projeto. O Drex está sendo planejado para uso em transações financeiras virtuais;
- • O Drex não terá remuneração, nem correção automática, nem cotação diferente do Real, muito menos será permitido que os bancos emprestem a terceiros e devolvam aos clientes, como é feito hoje com o dinheiro físico que investimos na renda fixa, por exemplo;
- • O objetivo principal é baratear e democratizar o acesso a produtos financeiros e baratear os custos dessas movimentações, assim como aconteceu com o Pix.
Minha sugestão
Ainda é cedo para saber o quanto tudo isso vai impactar na vida dos brasileiros. A minha maior preocupação é justamente com a cibersegurança.
Aliás, por falar em segurança, por favor, tenham muito cuidado, porque logo a malandragem vai começar a aplicar "golpes do Drex" muito antes do lançamento da moeda.
(*) Patriciah Froner é educadora financeira.