Se sua resolução de Ano Novo foi mudar de carreira, é hora de começar a colocar a mão na massa. Insatisfação com o ambiente de trabalho, aumento da pretensão salarial, falta de perspectiva de evolução, aspiração à maior flexibilidade de horários… Tudo isso pesou na resolução de Ano Novo de muitos brasileiros que querem mudar de carreira.
No entanto, muitos medos logo afloram, como o receio de julgamentos e a própria incerteza da economia brasileira em meio a tantas mudanças políticas. Dar o primeiro passo para essa mudança não é fácil, fazendo com que muita gente desista antes mesmo de tentar.
“Quando você identifica em si mesmo uma insatisfação tão grande com o seu trabalho, a ponto de fazer com que você queira abandonar tudo, é importante parar para perceber se é a atividade ou ambiente que tem te incomodado”, alerta Cecília Barçante, gerente da plataforma de empregabilidade Refuturiza. “Se a resposta for o ambiente, basta buscar outras empresas. Mas se for a atividade que te incomoda, a busca deve ser por uma mudança de cunho estrutural e ela deve ser feita em você mesmo.”
Processo de escolha de uma nova carreira
É importante que se tenha em mente objetivos bem demarcados, para que o profissional possa escolher uma nova carreira de modo mais assertivo.
“O processo de mudança de profissão não envolve tantas etapas quanto parece, mas é importante que todas elas sejam desempenhadas com calma e assertividade”, diz Cecília.
“Se você já tiver estabelecido que quer dar início à transição, questione-se sobre o que espera da nova fase e analise os objetivos para determinar o cargo que deseja. É importante também que você converse com profissionais que desempenham funções parecidas com as que você almeja, crie um network forte, invista em capacitações e se insira em bancos de talentos otimizados para as vagas que despertam o seu interesse”, completa ela.
Recomeço exige muita saúde ― inclusive mental
É preciso se preparar bem para a mudança. Estar atento até mesmo à saúde mental faz toda diferença nesse momento delicado.
“Em alguns casos, quando há a decisão de trocar de carreira, a pessoa já é sênior ou está em um nível avançado em sua área. O momento da troca é, portanto, um recomeço, no qual é necessário ter inteligência emocional para entender que você recomeçou e que está aprendendo um novo ofício, não há como pular etapas”, diz a especialista.
