Para quem quer começar a investir, o recebimento do 13º salário pode ser um ótimo momento. E para quem já investe mas não sabe como alocar o valor do 13º em sua carteira também há alternativas.
Pensando nisso, o especialista em investimentos Leonardo Siqueira, superintendente de Investimentos do Santander, preparou um guia simples de como investir o 13º salário, de acordo com o perfil e momento de vida do investidor. Confira:
Investimentos indicados para quem quer começar
O primeiro passo, para quem nunca investiu, segundo Siqueira, é a reserva de emergência, que precisa de liquidez: “Pensando naquele pequeno investidor, pra quem não tem uma reserva ainda de liquidez, a gente trabalha aqueles investimentos de alta liquidez, que o investidor pode a qualquer momento sacar, como é o caso dos CDBs e dos fundos DI, pra que a pessoa tenha uma pequena reserva”.
Num segundo momento, o investidor já pode avaliar também outros ativos de renda fixa, como as Letras, LCI (Letra de Crédito Imobiliário) LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) e LIG (Letra Imobiliária Garantida): “Nesses investimentos o diferencial é a isenção de imposto. Então o investidor pode acumular alguma reserva a mais desde que ele possa abrir mão aí de pelo menos 90 dias, que é a carência mínima desse tipo de produto”, explica Siqueira.
Outras opções para quem pode esperar mais para retirar o investimento são as debêntures, os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), que são papéis emitidos por empresas e que também contam com o benefício tributário da isenção: “Como eles são títulos corporativos, eles têm um pouco mais de risco, e consequentemente remuneram o investidor um pouco melhor. Então ele consegue gerar um ganho um pouquinho melhor do que as outras alternativas, como inclusive o Tesouro Direto”.
Opções para quem já tem experiência e reserva financeira
“Para aquelas outras pessoas que estão buscando um investimento um pouco mais arrojado, buscando capturar ganhos de mercado, os fundos multimercado têm apresentado uma excelente oportunidade, têm conseguido capturar ganhos bem atrativos, então não deixe de utilizar dentro do seu banco ou de sua plataforma digital aquele que faz mais sentido”, segundo Leonardo Siqueira.
Para o especialista, para quem busca maior risco vale a pena olhar para a Bolsa de Valores: “Quando a gente olha o consenso do mercado, a gente tem mais de 30% de potencial. Nessa modalidade, por ser renda variável, o ganho não é garantido, mas vale a pena para os investidores que buscam ter maiores ganhos”, afirmou. Além disso, investimentos no exterior também são uma opção.
“Então, recapitulando, temos a renda fixa para aquelas pessoas que estão começando, em especial CDB e os fundos DI, pra aquele que está começando a dar um passo e pode esperar um pouquinho mais temos as Letras, assim como CRIs, CRAs e debêntures. Para aqueles que estão a um passinho da diversificação temos os fundos multimercado e operações tanto em bolsa de valores quanto investimentos no exterior, geralmente através de fundos ou BDRs de ETF”, finalizou Siqueira.
