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Como investir com menos de R$ 100 por mês? Veja melhores opções

23 ago 2024 - 06h59
Resumo
Os pequenos investidores agora têm várias opções de investimento com aporte menor que R$ 100, mas escolher onde investir é mais difícil.
Como investir com menos de R$ 100 por mês? Veja melhores opções
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Antigamente os pequenos investidores não tinham muitas opções acessíveis. Hoje, em compensação, são diversas opções com aporte menor do que R$ 100, o que torna mais difícil escolher como investir. A especialista Anna Luisa Carvalho explica quais são as principais opções e como escolher de acordo com o seu perfil e objetivos. 

Quais as opções de investimento para quem tem menos de R$ 100 por mês? 

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Na Renda Fixa, há CDBs, LCIs, LCAs e títulos do Tesouro Direto - com exceção do Tesouro Selic, que tem mínimo atual em torno de R$ 150. Na Renda Variável, há ações, ETFs como dos índices da bolsa brasileira, o Ibovespa, e de outros mercados, como o norte-americano S&P 500. Há ainda opções de criptoativos e Fundos Imobiliários, além de vários fundos de investimentos abertos. 

Porém, o valor mínimo é apenas mais um critério a observar na hora de escolher o investimento: outros fatores essenciais são o grau de risco, a liquidez e a rentabilidade do ativo.

Como escolher entre as opções disponíveis? 

De acordo com Carvalho, o primeiro passo é entender que há um equilíbrio entre três pilares – risco, liquidez (a rapidez com que se pode resgatar) e rentabilidade. A especialista alerta ainda o cuidado com promessas boas demais: “Se um investimento promete baixo risco, alta liquidez e muita rentabilidade, corre porque é golpe”.  

Quanto maior a segurança e a liquidez de um investimento, menor a rentabilidade. Se a rentabilidade é alta, ou o ativo tem baixa liquidez ou alto risco (ou ambos). Como isso funciona na prática: por exemplo, para quem quer investir para a reserva de emergência, que pode ser utilizada no curto prazo, a liquidez é a característica mais importante. 

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Nesse caso, os títulos de renda fixa são os mais indicados. Já no longo prazo os ativos com mais risco podem ser interessantes, pois ao longo do tempo a volatilidade tende a ser diluída. 

A escolha do investimento depende mais do valor disponível ou do perfil do investidor? 

A escolha do investimento depende principalmente da combinação entre o perfil de investidor – conservador, moderado ou arrojado – e o objetivo financeiro. Um investidor arrojado pode estar começando a juntar dinheiro e, nesse caso, ele precisa, primeiro, montar sua reserva de emergência, que é um objetivo conservador. 

Já uma pessoa de perfil conservador que tenha um patrimônio grande e queira investir para sua aposentadoria daqui a 20 anos, deve expor uma parte – ainda que pequena – a riscos maiores. 

“A partir do momento em que se define o grau de risco que o investidor aceita, a liquidez que ele precisa e a rentabilidade que ele deseja, aí se faz o filtro dos ativos que têm o valor mínimo compatível com o dinheiro que será aplicado”, explicou Anna Luisa Carvalho.

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Quais classes de ativos de investimentos alocar para cada tipo de reserva ou objetivo? 

Se for a Reserva de Emergência, escolha investimentos de baixo risco e alta liquidez, como fundos de investimento Simples com prazo de resgate D+0 (o dinheiro cai na conta no mesmo dia) ou um CDB atrelado à taxa DI com rendimento 100% do CDI e liquidez diária.

Já se o objetivo é comprar um carro ou viajar pelo Brasil, é importante buscar proteção contra a inflação, através de títulos como Tesouro IPCA+ ou CDB, LCI e LCA atrelados ao IPCA e com vencimento próximo ao período em que for usar o dinheiro.

Numa viagem ao exterior, é recomendável que parte do dinheiro fique atrelado ao dólar em um fundo cambial, por exemplo. Isso gera proteção cambial: se o dólar subir, sua viagem sai mais cara, mas seu dinheiro ganha com a valorização; se a moeda cair, você terá prejuízo no investimento, mas em compensação a viagem custará menos.

Já para objetivos de longo prazo, como aposentadoria, o ideal é montar uma carteira estratégica, com diversas classes de ativos e preparada para enfrentar vários cenários, como crise econômica, aumento da inflação ou as desejadas altas da bolsa de valores. Como regra geral, é possível tomar mais risco e abrir mão de liquidez para ter mais rentabilidade. Então fundos de investimentos de crédito privado, de debêntures, multimercados e ETFs com potencial de valorização são opções. 

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Quem busca renda passiva encontra alternativas como fundos imobiliários, fundos de infraestrutura e alguns títulos do Tesouro Direto que pagam rendimento periodicamente. Lembrando que vale sempre comparar opções no mercado e também buscar a ajuda de um profissional habilitado para formação de uma carteira de investimentos. 

Tem alguma dúvida sobre economia e finanças? Mande para especialistadinheiros@gmail.com e vamos procurar um especialista para respondê-la aqui. 

(*) Mariana Rodrigues é jornalista com especialização em economia. 

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