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"Concursos públicos, só os essenciais", diz Bolsonaro

Equipe econômica decidiu segurar os processos seletivos até a nova proposta de reforma administrativa, que ainda não foi enviada ao Congresso, receber o aval dos parlamentares

17 fev 2020 - 10h49
(atualizado às 10h59)

BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 17, que o governo não pode ser "irresponsável" e abrir concursos públicos que sejam desnecessários. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que a equipe econômica decidiu segurar os processos seletivos até a nova proposta de reforma administrativa, que ainda não foi enviada ao Congresso, receber o aval dos parlamentares.

Para o presidente, que voltou a falar que os servidores atuais não irão "perder nada" com as mudanças, o quadro público está "inchado" e, sendo assim, novos concursos só serão realizados caso forem essenciais. Bolsonaro também disse esperar que a reforma administrativa seja encaminhada o "mais rápido possível". Segundo ele, o tema será tratado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda nesta segunda.

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"Não é travar (concurso público). É um peso muito grande o serviço público no Brasil. Vocês devem lembrar da promulgação da Constituinte, a quantidade de trens da alegria, isso inchou os quadros. Se não fizer algo, atuais servidores vão ficar sem receber lá na frente. Então não é travar. Concursos públicos, só os essenciais, essa que é a ideia", afirmou.

Bolsonaro conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada.
Bolsonaro conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - 16/2/2020 / Estadão Conteúdo

O presidente destacou que alguns concursos públicos feitos no passado só receberam seguimento recentemente, como das Polícias Federal e Rodoviária Federal. "Se tiver necessidade, a gente vai abrir concurso, mas não podemos ser irresponsáveis a tempo de abrir concursos que poderão ser desnecessários", disse, ao ser questionado sobre a decisão da equipe econômica.

Bolsonaro afirmou que a reforma administrativa está "madura" para ser apresentada, embora ainda faltem "algumas alterações" na proposta. Segundo ele, a "extinção de profissões" que não cabem mais nos dias atuais também é tema da reforma administrativa. "Hoje em dia, acabou datilógrafo. E repito, atuais servidores não vão perder nada."

"Reconheço o trabalho do servidor público, temos as carreiras de governo, típicas de Estado, entre as Forças Armadas, Polícia Federal, Rodoviária, Receita, CGU, entre outras, tem que ter estabilidade, sem problema nenhum", disse.

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