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Confiança da construção recua ao nível de oito meses atrás

26 mai 2017 - 10h35

Depois de "discretos ganhos" nos dois últimos meses, o Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 2,5 pontos em maio, para 74 pontos, no resultado ajustado sazonalmente. O resultado de maio da Sondagem da Construção, foi divulgado hoje (26), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

Com o recuou de abril para maio, Índice de Confiança da Construção além de devolver os discretos ganhos dos últimos meses, retornou ao nível de oito meses atrás, quando o indicador fechou setembro do ano passado em 74,2 pontos.

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Ao comentar os números divulgados, a coordenadora de Projetos da Construção da FGV, Ana Maria Castelo, disse que a queda do ICST de abril para maio "reflete a situação de fragilidade do cenário para o setor da construção". Segundo ela, a avaliação dominante entre as empresas é que o quadro está melhor do que no ano passado, mas ainda não mostra dinamismo para uma possível recuperação.

A avaliação dominante entre as empresas é que o quadro está melhor do que no ano passado, mas ainda não mostra dinamismo para uma possível recuperação, diz  técnica da FGV
A avaliação dominante entre as empresas é que o quadro está melhor do que no ano passado, mas ainda não mostra dinamismo para uma possível recuperação, diz técnica da FGV
Foto: Getty Images / BBCBrasil.com

A forte queda em maio 

A FGV avaliou que "a forte queda do ICST", em maio, foi devido a baixa avaliação das empresas em relação ao momento atual e das expectativas quanto ao futuro refletindo no Índice de Expectativas (IE-CST) que teve queda de 3 pontos, para 84,6 pontos, com retração nos dois quesitos que o compõem.

O destaque negativo do mês ficou com o indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes, que variou -3,8 pontos, para 85,6 pontos, o menor nível desde os 85,3 pontos de janeiro de 2017.

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O  Índice de Situação Atual (ISA-CST), ao recuar 2 pontos, para 63,7 pontos, devolveu a alta de 2,9 pontos de abril. Ambos os indicadores que compõem o subíndice recuaram, com destaque para o que mede situação dos negócios corrente, que caiu 2,2 pontos, para 64,6 pontos.

Segundo Ana Maria Castelo, "a percepção em relação à situação atual vem oscilando em patamares muito baixos, levando a uma análise para baixo das expectativas". Segundo ela, a pesquisa não captou o aumento de incerteza no ambiente político, que pode adiar ainda mais a retomada dos investimentos."

A FGV ressaltou,  que o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor recuou 0,7 ponto percentual em maio, alcançando 62,1% - o menor da série -. Com a atividade mantendo-se em nível muito baixo e as expectativas de melhora se revertendo, as empresas do setor continuam com tendência a desmobilizar mão de obra.

Considerando que o setor da construção havia sido o único a registrar saldo negativo no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) em abril, os dados do NUCI de Mão de Obra do setor em maio - e o Emprego Formal do Caged - sugere que o mercado de trabalho na construção ainda deverá se manter em queda por algum tempo.

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A edição de maio de 2017 coletou informações de 696 empresas entre os dias 2 e 24 deste mês. A próxima divulgação da Sondagem da Construção ocorrerá em 27 de junho de 2017.

Agência Brasil
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