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Confiança da indústria cai pela oitava vez seguida

Indicador atingiu o mais baixo nível de avaliação desde abril de 2009

27 ago 2014 - 10h27

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), apresenta queda de 1,2% entre julho e agosto ao atingir 83,4 pontos. Foi o oitavo recuo seguido e o mais baixo nível de avaliação desde abril de 2009 (82,2 pontos). No entanto, a intensidade da queda diminuiu ante as três últimas pesquisas - com -3,2%, -3,9% e -5,1%.

A produção industrial da zona do euro recuou com força em maio, com apenas o setor de energia avançando, em outro sinal de que a recuperação econômica do bloco continua frágil. 14/04/2014
A produção industrial da zona do euro recuou com força em maio, com apenas o setor de energia avançando, em outro sinal de que a recuperação econômica do bloco continua frágil. 14/04/2014
Foto: Nigel Roddis / Reuters

A Sondagem da Indústria de Transformação indica pessimismo maior em relação ao momento presente. O Índice da Situação Atual (ISA) foi negativo em 3,6%, com 82,7 pontos, o menor nível desde março de 2009 (78,5). O Índice de Expectativas (IE) aumentou 1,4%, ao alcançar 84,1 pontos.

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O superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo Jr., adverte que os empresários ainda se mantêm cautelosos quanto aos negócios em médio prazo. “A ligeira melhora das expectativas é insuficiente para sinalizar uma efetiva inversão da tendência negativa observada no ano. As previsões tornaram-se mais favoráveis para a produção, com a normalização do número de dias úteis após o fim da Copa, mas, no horizonte de seis meses, o pessimismo continua aumentando”, destaca ele em nota.

O indicador de situação atual dos negócios mostra queda de 7,1% entre julho e agosto, com 78,8 pontos, o menor nível desde abril de 2009 (76,8). Para 8,1% dos consultados, a situação atual é boa ante 10,8% que tinham essa avaliação na apuração passada. Paralelamente, cresceu de 26% para 29,3% os que consideram o ambiente fraco para os negócios.

A proporção de empresas com projeção de aumento da produção teve leve crescimento, ao passar de 27,6% para 27,8%. E a parcela que prevê queda diminuiu de 20,8% para 16,1%. Na sondagem sobre os que esperam melhora para os seis meses seguintes, o percentual teve elevação de 25,6% para 30%, mas também aumentou a parcela dos que apontam piora (de 20,2% para 26,5%).

A pesquisa mostra ainda que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou estável em 83,2%, mas esse é o menor patamar desde outubro de 2009 (82,6%). As consultas foram feitas em 1.176 empresas entre os últimos dias 4 e 22.

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Agência Brasil
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