A confiança do consumidor no Brasil subiu em maio a seu maior patamar em sete meses, informou nesta quinta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV), destacando melhora na percepção das famílias sobre os próximos meses.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV subiu 1,4 ponto em maio, para 88,2 pontos, máxima desde outubro de 2022 (88,6).
Essa desempenho foi influenciado pela melhora das perspectivas para os próximos meses, com o Índice de Expectativas (IE) avançando 2,8 pontos, para 100,4 pontos, pico desde março de 2019 (101,1).
"O resultado pode estar associado à sensação de alívio da inflação no curto prazo, resiliência do mercado de trabalho e aumento do salário mínimo", disse em nota Anna Carolina Gouveia, economista do FGV Ibre, acrescentando que a melhora nas expectativas ocorreu de forma disseminada entre as faixas de renda, com exceção das famílias de maior poder aquisitivo.
Mesmo assim, o Índice de Situação Atual (ISA) recuou 0,8 ponto em maio, para 71,3 pontos.
"O cenário de alto endividamento das famílias, crédito caro e incertezas econômicas ajudam a manter o indicador (ICC) em patamar baixo e sensível a flutuações constantes, tornando difícil uma sinalização mais clara de uma recuperação sustentada da confiança", alertou Gouveia.