O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta segunda-feira um pacote que pode atrair novos investidores à Bolsa. A medida, que incentiva o acesso de empresas de médio porte ao mercado de capitais, concede isenção de imposto de renda sobre ganho de capital em ações de companhias desse porte até 2023.
O que muita gente se pergunta é como e quando investir em ações. A resposta para essas dúvidas variam, já que cada um tem seu próprio perfil investidor. Mas, para facilitar, o educador financeiro Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira, deu algumas dicas que podem ajudar o iniciante com suas primeiras aplicações em empresas de capital aberto.
Guardar dinheiro
O primeiro passo para qualquer investimento é saber guardar dinheiro. É preciso disciplina e cuidado para não sair gastando tudo o que ganha de uma vez. Sem o hábito de guardar dinheiro, fica difícil pensar em investir.
Motivação
A bolsa de valores é mais uma opção de investimento. O investidor precisa saber o que o motiva a entrar no mercado de renda variável. Sonhos de longo prazo combinam mais com esse tipo de aplicação.
Entender o ambiente
É recomendável fazer cursos grafistas (com gráficos e linhas de tendências, avaliação de preços de ações e seus históricos) e fundamentalistas (sobre fundamentos da empresa, como lucro, grau de endividamento e participação no mercado), principalmente para quem quer investir por conta própria, sem a intervenção de uma corretora.
Corretoras e profissionais
Existem profissionais que podem ajudar a escolher em quais empresas investir. Uma corretora pode ajudar o investidor a entender o seu perfil de investimento e sugerir papéis para compra e venda no mercado.
Ganhos
Os ganhos em bolsa não são imediatos. O retorno dos investimentos deve ser pensando para médio e longo prazos. As empresas costumam pagar dividendos a seus acionistas, que também lucram com a valorização das ações e com o ganho de juros sobre o capital próprio. De qualquer maneira, pode levar um tempo para ter uma rentabilidade satisfatória.
Quanto investir
É recomendável não comprometer mais do que 20% do patrimônio líquido. O dinheiro investido deve até mesmo ser “esquecido”. Se houver algum imprevisto, não são os valores aplicados nas ações aos quais deve-se recorrer para resolver a situação.
O mínimo
Não existe uma regra que diz que o investidor precisa ter R$ 5 mil, R$ 10 mil, R$ 50 mil ou R$ 100 mil, por exemplo, para investir na bolsa. O melhor, porém, é não se comprometer muito, investindo cerca de 20% do patrimônio líquido.
O bom negócio
A melhor opção de investimento é sempre naquela empresa que você acredita e faz aplicações continuamente. Ao comprar uma ação, o investidor se torna “dono” de uma parte da empresa. Conhecer a atuação da empresa, seu ramo, valores e histórico ajudam a decisão sobre um investimento.
Simulações
Na internet é possível encontrar simuladores do ambiente de bolsa. Porém, no mundo do dinheiro não se pode brincar. O simulador pode despertar o interesse pelo mercado de renda variável, mas o investidor nunca deve encarar suas aplicações como um jogo. Brincar na bolsa é desrespeitar seu próprio dinheiro.