Já imaginou uma CEO que nunca descansa, nem cobra salário? Ela existe – mas, só porque é uma inteligência artificial. Estamos falando da Tang Yu, que, desde 2022, está à frente das decisões estratégicas da NetDragon, empresa chinesa do ramo dos games.
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Tang Yu não vive apenas no virtual. Ela também ‘existe’ em um corpo de robô humanoide. Na época em que a empresa anunciou sua nomeação, o intuito foi fazer um movimento pioneiro de utilização da inteligência artificial para transformar a gestão corporativa e, também, levar a eficiência da empresa para outro nível – nesse caso, além do humano.
A CEO avalia estratégias complexas, toma decisões, gerencia a equipe e oferece suporte na execução de tarefas. Tudo baseado em dados, se inspirando em tomadas de decisões de líderes de sucesso ao redor do mundo.
Realidade
Para a professora Alessandra Montini, diretora do LabData – centro de ensino e pesquisa nas áreas de Big Data, Analytics, Estatística Aplicada e Inteligência Artificial da FIA Business School –, em um futuro próximo, vários profissionais serão substituídos pela Inteligência Artificial.
Ela cita, por exemplo, que a IA já está ocupando diversos lugares em empresas, como fazendo papéis de trabalhadores em áreas de compras e de precificação. Para ela, essa substituição acontece, principalmente, em casos em que os profissionais realizem tarefas repetitivas ou que não possuem muito valor agregado para a operação.
“E, dependendo da empresa, do que a empresa faz, lideranças podem ser substituídas por uma inteligência artificial quando a operação não for tão complexa e não tiverem tantas novidades no percurso”, avalia.
Por isso, portanto, Montini vê como fundamental que os profissionais de todas as áreas entendam o que é uma inteligência artificial, como ela funciona e como pode ser usada como aliada. “Ou você entende o que a IA faz e trabalha em parceria com ela; ou ela, mais cedo ou mais tarde, irá substituir o ser humano. E se o profissional pode usar a IA como uma aliada e se beneficiar da potência da tecnologia. Por que não?”, finaliza.