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A atual crise na Argentina traz à memória vários casos de colapso da economia de um país, desde a Alemanha após a Primeira Guerra até a Grécia atual – que não foi a falência, mas preocupa a União Europeia.

Confira o ranking das 50 maiores economias do mundo

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Veja abaixo outros dez casos de economias que passaram por essa situação:

União Soviética, 1918

Após a Revolução de Outubro, a Rússia entra em falência. O motivo: o novo governo soviético sob o comando de Lênin se recusa a pagar as dívidas do czar russo no exterior. Isso afeta principalmente credores na França. Somente após o colapso do regime soviético, na década de 1990, a dívida é sanada.

Alemanha, 1923

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200 bilhões de marcos para um quilo de pão: em 1923, os alemães carregam em bacias de roupa o dinheiro para comprar alimentos. Foi uma das desvalorizações monetárias mais extremas de um país industrial. O dinheiro perdia valor quase a cada hora. A hiperinflação foi consequência da Primeira Guerra Mundial e da enorme dívida pública após o conflito. O trauma marcou muitas gerações na Alemanha.

Terra Nova, 1933

Terra Nova é um dos poucos exemplos em que a falência significou o fim de um Estado. A província canadense já foi um país independente na América do Norte, com governo próprio e sob a coroa britânica. Após a falência, em 1933, Terra Nova perdeu esse status e, desde então, pertence ao Canadá.

Alemanha, 1945

Após a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha está completamente falida. Hitler financiara os elevados gastos militares do país imprimindo dinheiro. Durante três anos, a moeda continua caminhando em direção ao colapso, pois a indústria e a agricultura estão devastadas, mas, ao mesmo tempo, há mais dinheiro em circulação. A recuperação econômica começa somente em 1948, com uma reforma monetária nas três zonas de ocupação ocidentais.

Estados Unidos, 1971

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O que aconteceu na década de 1970 nos Estados Unidos é hoje conhecido como o "choque Nixon". Quase do dia para a noite, o então presidente Richard Nixon decidiu que o dólar não precisava mais ser lastreado pelo ouro. Assim, ele praticamente declarou a insolvência do país.

Rússia, 1998

A queda do petróleo na Rússia abala o rublo em 1998. A economia já estava em declínio desde a dissolução da União Soviética. Ao mesmo tempo, o país acumula mais e mais dívidas, chegando a um total de 140 bilhões de dólares. A Rússia acaba inadimplente. A crise do rublo é foi quinta falência do maior país do mundo.

Argentina, 2001

Provavelmente, a crise atual traz aos argentinos lembranças ruins de 2002, quando o sistema financeiro entrou em colapso após o Estado não conseguir arcar com suas dívidas. A consequência foi o caos no país: greves gerais, tiroteios com a polícia, supermercados e bancos saqueados. Sobretudo a classe média perdeu uma grande parte das suas poupanças.

Islândia, 2008

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Em 2008, o sistema financeiro da Islândia levou o setor bancário do país ao colapso. Ainda durante a crise, o governo tentou salvar o país, nacionalizando os bancos. Mas era tarde demais. A Islândia apelou para a inadimplência. Formalmente, no entanto, não foi decretada a falência do Estado, graças à ajuda do Fundo Monetário Internacional e de outras instituições.

Grécia, 2010

Há vários anos, a crise da dívida na Grécia preocupa a União Europeia. Mais de uma vez, longas sessões em Bruxelas evitaram a falência do Estado. Mas a crise no país ainda atinge a população de maneira brutal: aproximadamente um em cada quatro gregos está desempregado. Entre os menores de 25 anos, a situação é ainda mais grave, estando metade dos jovens sem emprego.

Belize, 2012

23 milhões de dólares fizeram Belize tropeçar em 2012. O pequeno país da América Central contraiu dívidas demais em moeda estrangeira, não conseguiu pagar os juros correspondentes aos EUA e foi à falência.

A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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