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Consultores apontam pequenas franquias como apostas para 2014

Com retração da expansão das grandes redes, pequenos podem se destacar fora dos grandes centros urbanos

8 fev 2014 - 11h13
(atualizado às 11h13)

Para os investidores que não querem perder o mercado aquecido do ano da Copa do Mundo e das Olímpiadas no Brasil, mas que ainda não se decidiram no que e onde apostar seus recursos, saiba que 2014 é um ano de boas oportunidades para as pequenas franquias.

Segundo o consultor do Grupo Cherto, Marcelo Cherto, as grandes redes deverão se concentrar agora em buscar resultados melhores nos negócios já existentes, o que abre uma janela de oportunidade de criação de novas unidades de marcas menores. “Até pouco tempo atrás o nome do jogo era expansão, mas hoje os franqueados estão com foco em atingir o potencial máximo das lojas já consolidadas”, afirma.

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De acordo com Cherto, os empreendedores com porções razoáveis de franquias estão olhando para dentro, implementando indicadores de desempenhos das equipes, conscientes de que um time de profissionais mais preparado trará mais resultados para a marca.

Um exemplo usado pelo consultor é a rede O Boticário que quando alcançou as 2 mil unidades imaginava ter chegado ao seu limite, atualmente são 3,6 mil.  Eles estão reformulando todos os seus manuais de conduta dos funcionários na empresa. Além disso, o Habbib’s, por exemplo, investiu pesado em uma universidade corporativa da companhia para desenvolver e melhorar o desempenho das equipes dos restaurantes. “Hoje eles emitem até certificados de formação profissional para quibeiros”, conta. “A meta se transformou em buscar mais qualidade e não quantidade.”

Com a formação deste novo cenário, Cherto vê os pequenos ganhando espaço em setores como educação (cursos de idiomas e profissionalizantes) e turismo (agências de viagens, hotéis).

Para a sócia da Franchise Store (loja de franquias que hoje trabalha com 70 marcas), Filomena Garcia, o setor de serviços vem crescendo há alguns anos e será destaque também em 2014 entre os iniciantes.

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Ela cita áreas como alimentação (redes de produtos naturais), beleza e saúde (academias, clínicas de estética) e imobiliárias. Mas lembra que segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), existem mais de 2,5 mil opções de negócios. Então, falar de tendências também pode reduzir o leque de oportunidades dos investidores.

Sobre os melhores locais que os novos empreendedores devem ficar de olho este ano, com a disputa nos centros urbanos mais acirrada, ela indica cidades com mais de 100 mil habitantes. “Muitas marcas readequaram seus modelos de negócio para se instalar em cidades do interior paulista e na região Norte e Nordeste, o que vem trazendo bons resultados, são os casos da Chilli Beans, Spoleto e Max Sushi, por exemplo.”

No entanto, Filomena alerta que independente do local, é essencial que o pequeno investidor se identifique com o tema que vai trabalhar, que ele conheça o modelo financeiro do negócio, pesquise sobre o assunto e converse com franqueados antigos para saber das dificuldades mais comuns. “O planejamento do investimento é essencial para que o nível de expectativa do franqueado seja atendido”, finaliza.

Fonte: Terra
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