Um relatório da consultoria Gartner publicado recentemente aponta que metade dos consumidores pode limitar significativamente as interações em redes sociais até 2025. Alguns dos motivos são a quantidade de desinformação, e o medo de que o uso exacerbado de ferramentas de Inteligência Artificial diminua a autenticidade do conteúdo nas plataformas.
Um relatório da consultoria Gartner publicado recentemente aponta que metade dos consumidores pode limitar significativamente as interações em redes sociais até 2025. Alguns dos motivos são a quantidade de desinformação, e o medo de que o uso exacerbado de ferramentas de Inteligência Artificial diminua a autenticidade do conteúdo nas plataformas.
“Parece uma notícia preocupante, mas há oportunidades para as marcas neste cenário”, comenta Satye Inatomi, uma das sócias fundadoras da Jahe Marketing.
A lição imediata é que as empresas precisam de algum comedimento na hora de aplicar ferramentas como o ChatGPT para a criação de conteúdo.
“Os geradores de texto, imagens e vídeos com base em IA evoluíram muito, mas geram conteúdos com base no que já existe. Ou seja, faltam os elementos de criatividade que apenas nós conseguimos oferecer. Eles podem gerar um grande volume de conteúdo muito rápido, mas não possuem a fagulha que conquista os clientes”, diz a especialista.
Estudo das ferramentas
Por outro lado, está claro que essas ferramentas precisam ser estudadas e incorporadas ao dia a dia das companhias, já que contribuem para a produtividade e a inovação nas atividades. Mas como, então, balancear essas duas tendências e conseguir uma conexão autêntica com os consumidores?
“Em primeiro lugar, é preciso entender que as redes sociais geraram um novo canal de comunicação entre negócios e suas audiências. Mas elas estão longe de ser o único. E, diante de um possível declínio em seu uso, as marcas devem focar sua atenção e esforços em outros meios de conexão e retenção desses consumidores”, afirma Thaís Faccin, também sócia da Jahe Marketing.
De acordo com ela, é importante entender que canais trazem maior resultado para a companhia e, mais do que nunca, focar esforços nas plataformas que realmente retornam o investimento.
Iniciativas que gerem um envolvimento mais profundo do consumidor com a marca, como o marketing de conteúdo e programas de fidelidade, também devem ter espaço cativo nas estratégias do futuro, diz Inatomi.
Esses programas se destacam pelo serviço prioritário, atendimento personalizado e benefícios exclusivos. E, segundo a Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF), quase 47% dos brasileiros são mais fiéis às empresas que têm um programa de fidelidade. “Ou seja, independentemente do tamanho do seu negócio, vale a pena estudar a criação de um plano como esse.”
De volta ao e-commerce
Outro foco das marcas, dizem as especialistas, deve ser o e-commerce. “Os brasileiros cada vez mais se convencem de que as lojas online têm preços mais baixos do que as lojas físicas, e como estão bastante conectados, gostam de ficar de olho nas promoções. Por isso, outra alternativa para que a credibilidade das suas mídias sociais não diminua é conectar seus canais a uma boa loja virtual, que cumpra a promessa de boas ofertas”, afirma Faccin.
O ideal, segundo a Jahe Marketing, é que as empresas invistam em uma estratégia de marketing e vendas que leve em conta o perfil do consumidor e outras ferramentas, como aquelas que automatizam algumas iniciativas de comunicação – a exemplo do envio de emails ou dos chatbots.
“A automação oferece maior eficiência e tomada de decisões baseada em dados, relatórios e estudos mais qualificados, bem como um direcionamento preciso para chegar exatamente ao público desejado”, conclui.
Assista ao vídeo com Zeuner Fraissat, sócio-fundador da Zaic Branding.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.