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Conta de luz deve ter custo extra até fim do ano, diz ONS

8 ago 2018 - 11h52
(atualizado às 13h31)
Lâmpada acesa em Munique, na Alemanha 28/11/2012 REUTERS/Michaela Rehle
Lâmpada acesa em Munique, na Alemanha 28/11/2012 REUTERS/Michaela Rehle
Foto: Reuters

As contas de luz devem manter uma cobrança adicional junto aos consumidores acionada pela chamada bandeira tarifária vermelha nível 2 até a reta final do ano, quando acaba o chamado "período seco" na região das hidrelétricas, principal fonte de energia do país, alertou nesta quarta-feira o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata.

As bandeiras, acionadas em situações de menor oferta de geração, estão no nível mais crítico e que gera a maior sobretaxa, em meio a um cenário bastante desfavorável de precipitações. Em julho, por exemplo, as chuvas na área dos reservatórios hídricos foram as piores da história, segundo Barata, que falou durante evento do setor no Rio de Janeiro.

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Apesar da situação, o ONS não vê riscos de racionamento de eletricidade.

Especialistas já previam que a bandeira vermelha nível 2 poderia vigorar até o final do ano devido à piora nas chuvas, conforme publicado pela Reuters em meados de junho.

Para compensar as chuvas fracas, no entanto, o órgão do setor elétrico vem despachando mais térmicas, o que aumenta o custo de operação do sistema. Atualmente, há usinas a óleo e diesel acionadas para atender à demanda, as mais caras e poluentes do parque termelétrico do país.

Barata estimou que os reservatórios do Sudeste/Centro-Oste, onde estão as principais hidrelétricas, deve chegar ao início do chamado "período úmido", em novembro, com nível de armazenamento de entre 18 a 20 por cento , patamar semelhante ao visto no ano passado, o pior do histórico.

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A estimativa é bem inferior à estimativa de cerca de 40 por cento realizada em fevereiro, ainda no início do último período de chuvas, que veio abaixo das expectativas.

Já no Nordeste, a perspectiva é de um nível em novembro perto de 30 por cento, contra 5 ,5 por cento no ano passado, em virtude de uma administração diferenciada da vazão da bacia do São Francisco pelo ONS para manter água no rio Sobradinho.

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