A maioria dos credores da Óleo e Gás Participações (OGP), como a companhia petrolífera OGX do multimilionário brasileiro Eike Batista foi batizada após entrar na lei de falência, aprovaram nesta terça-feira um plano de recuperação judicial da companhia, informaram fontes empresariais.
"Foi uma decisão sensata e esperada porque a falência da empresa não seria benéfica para ninguém", afirmou o advogado Sérgio Bermudes, que representa a companhia no processo.
O plano de recuperação foi entregue em fevereiro depois de a empresa fechar um acordo com um grupo de credores internacionais. Após a aprovação de hoje, a aprovação do plano ainda depende do sinal verde da justiça.
O advogado da companhia, a maior petrolífera privada do Brasil, não deu mais detalhes sobre o acordo, que pode garantir a continuidade das operações da OGP. A companhia anunciou em 30 de outubro o pedido de entrada na lei de falências devido aos graves problemas financeiros, para iniciar um processo de reunião de credores.
OGX, a empresa mais emblemática de Eike Batista, foi criada em 2007 quando o então 7º homem mais rico do mundo ganhou os direitos de exploração de 21 poços de petróleo.
Os problemas financeiros vieram à tona ano passado, quando a companhia admitiu que a produção prevista para a até então promissora jazida de Tubarão Azul seria muito inferior à calculada por causa das dificuldades técnicas para extrair o petróleo.