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Crianças empreendedoras faturam até R$ 1,2 mi por ano; conheça

Jovens empreendedores de vários países explicam como começaram no mundo dos negócios

13 fev 2014 - 15h11
(atualizado às 15h36)

Muitos acreditam que crianças não fazem muito além de jogar videogame, assistir televisão ou ir para a escola. Mas, no artigo abaixo, jovens empreendedores de vários países explicam como começaram no mundo dos negócios.

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Leanna Archer - a rainha dos produtos para cabelo

Leanna Archer, de Nova York, começou vendendo produtos para cabelos feitos em casa quando tinha apenas oito anos. Atualmente, a companhia Leanna's Inc. chega a vender até US$ 500 mil (cerca de R$ 1,2 milhão) por ano. O primeiro produto foi baseado em uma receita de sua bisavó haitiana.

"Eu conhecia tanta gente que queria usar os mesmos produtos que eu estava usando no meu cabelo e isto me deu a ideia de fazer propaganda do produto", disse Leanna. Ela passou a distribuir amostras grátis para conhecidos.

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"Depois que eles usaram e gostaram, vieram me perguntar: 'Quer saber, tenho US$ 20 (R$ 48), quanto daquele produto posso comprar?' E foi daí que veio a ideia do negócio", afirmou. Ela começou a misturar os ingredientes no porão da casa, sozinha. Agora são oito pessoas envolvidas e Leanna espera expandir o negócio e sair do porão de casa ainda em 2014. Um dos grandes desafios de Leanna é ser levada a sério.

"Quando fui ficando mais velha, as pessoas começaram a perceber que isto não era só uma fase, era algo em que eu estava trabalhando e desenvolvendo e eu era a força motriz por trás disso."

Leanna Archer agora tem 18 anos e estuda ciência política na universidade. Ela quer que outros jovens saibam que "tudo parece ser impossível até ser feito". "Se você descobrir algo que desperta sua paixão, vá atrás", recomendou.

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Anshul Samar - gênio da química

Anshul Samar tinha 12 anos quando teve a ideia de transformar o aprendizado de química em algo mais divertido. Nos dois anos seguintes, o estudante da Califórnia desenvolveu um jogo de cartas, chamado "Elementeo", sobre os elementos da tabela periódica.

O jogo começou a ser vendido quando Samar tinha 14 anos. Inicialmente ele fez 5 mil jogos, que esgotaram rapidamente. Desde então, ele produziu uma versão atualizada e já desenvolveu a versão em aplicativo para o jogo. "Desde o começo quis transformar (o jogo) em algo grande", disse.

Aos 13 anos, Samar sofria de uma doença pulmonar rara, mas isto não o atrapalhou. "Enquanto eu estava na cama, perdi muitas aulas. Aquele foi o tempo que usei para desenvolver o 'Elementeo'." Quando era criança ele sentiu que não tinha nada a perder.

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"Mesmo se algo não der certo, você ainda tem seu skate na garagem e a escola para ir no dia seguinte, as coisas simplesmente continuam", afirmou. O criador do jogo contou que teve muito apoio da comunidade.

"Teve um grupo que me deu uma pequena verba de US$ 500 (cerca de R$ 1,2 mil). Esta realmente foi a minha inspiração. Alguém de fora disse 'Ei, mesmo se você for só um garoto, nós acreditamos em sua paixão e acreditamos na sua ideia'", afirmou. Samar agora cursa a Universidade de Stanford.

"O estudo é minha primeira prioridade e sempre foi. Coisas como o 'Elementeo' são apenas diversão e o aprendizado tende a se equilibrar (com todo o resto)", disse.

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Ludwick Marishane - hora do banho

Quando o sul-africano Ludwick Marishane tinha 17 anos, teve a ideia do DryBath, um gel de limpeza para substituir água e sabão. Ele passou os últimos seis anos desenvolvendo o produto e conseguiu dinheiro participando de competições no setor de negócios. Agora o gel está à venda e Marishane já ganhou outros prêmios com o produto. "Você precisa pensar nas pessoas que tomam banho de balde. Este é o banho que me manteve limpo e é a forma pela qual quase metade do mundo se limpa", disse.

"A água (no balde) fica cheia de espuma, portanto fica muito difícil enxaguar. Você precisa se ajoelhar, é um jeito muito indigno de se limpar", afirmou. Mas, segundo Marishane, o DryBath muda isso: basta espalhar o gel no corpo e esfregar. "Se você estiver muito sujo, com lama, poeira na pele, você pode limpar com um pano úmido e estará limpo."

Marishane conta que seu pai o ensinou a ficar mais resistente às críticas e reações negativas ao produto. "Todas as vezes que tentei fazer algo, foi ele quem me deu as respostas mais críticas. Aprendi desde muito cedo a não levar as reações para o lado pessoal, principalmente se forem negativas. Apenas aceitar o que é, trabalhar e melhorar", afirmou.

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Ilwad Elman - empreendedora social

Ilwad Elman nasceu na Somália e passou a infância no Canadá. A família foi para o país depois que o pai foi assassinado, quando Ilwad tinha apenas três anos. Quando tinha 19 anos, Ilwad decidiu voltar para Mogadíscio.

"Havia apenas quatro bairros controlados pelo governo. O resto tinha sido tomado pelo (grupo terrorista) al-Shabab, então os tiroteios estavam literalmente no meu quintal", disse.

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Ilwad se transformou em uma empreendedora social trabalhando com a mãe para estabelecer a Sister Somalia, uma organização que fornece aconselhamento, serviços médicos, educação e ajuda para iniciar negócios, principalmente para mulheres que sofreram algum tipo de violência sexual.

Ela afirma que ajudou 1,6 mil mulheres a estabelecerem seus negócios, incluindo lojas, empresas de encomendas e companhias de importação de alimentos. Ilwan afirma que também ajudou muitos ex-combatentes a começarem uma nova vida.

"Foi muito difícil para algumas pessoas ver uma jovem em uma posição de liderança... Algumas pessoas até abandonaram reuniões só porque não conseguiam lidar com a ideia de uma jovem tentando passar esta mensagem", disse. "Há vida além das balas... as pessoas são muito empreendedoras, são muito motivadas e há oportunidade para mudança", disse.

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