Nos últimos dias, o bitcoin (BTC) e outras moedas digitais dispararam com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. A valorização fez muita gente despertar um interesse pelas criptomoedas. No Brasil, o uso do Bitcoin como meio de pagamento no dia a dia se limita, atualmente, a poucas tecnologias disponíveis no mercado. No entanto, a tendência é que, nos próximos anos, existam cada vez mais formas de utilizar a moeda virtual como meio de troca nas transações cotidianas.
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As estimativas do mercado sugerem que, entre 2021 e 2024, a quantidade de brasileiros que investiram em criptoativos passou de 4,9% para 17,4%. Para essas pessoas que já possuem BTC, hoje, é possível utilizá-lo para comprar em alguns estabelecimentos com a tecnologia Lightning Network ou BitPix, da Bipa, a maior plataforma de compra e venda da criptomoeda na América Latina.
Para aproveitar as vantagens oferecidas pela Lightning Network, a chamada “segunda camada” do blockchain, é necessário o estabelecimento ter uma carteira compatível para receber Bitcoin. Nesses canais, os usuários podem realizar transações entre si de forma instantânea e com taxas quase zero, sem a necessidade de registrar cada operação no blockchain – conhecido como um banco de dados.
Já a Bipa oferece o BitPix, que é uma solução que permite que as pessoas façam pagamentos com bitcoin em estabelecimentos que não aceitam a criptomoeda, ao converter o saldo que a pessoa tem na conta digital para reais e efetuar o PIX. Com esta funcionalidade, o cliente pode transformar sua chave Pix em BitPix de forma rápida e fácil.
Caio Leta, o head de pesquisa e conteúdo da Bipa, indica que atualmente cerca de 75% do bitcoin em circulação não são utilizados em gastos e transferências. Porém, segundo o analista, essa realidade deve mudar conforme aumenta a demanda pela criptomoeda. “Como o bitcoin é uma moeda mais forte que o dólar, as pessoas preferem guardá-lo do que utilizá-lo em transações”, diz.
Segundo o especialista, o bitcoin armazenado e usado como poupança é uma forma de preservar o poder de compra. Contudo, “assumindo que os lugares começarão a aceitá-lo” em breve “como meio de pagamento, não haverá diferença nenhuma para o consumidor. Ele pagará com bitcoin em vez de pagar com reais”, acrescenta Leta.