Muito se fala das criptomoedas. Antes isoladas do mercado financeiro tradicional, agora elas ganham popularidade com investidores e já estão disponíveis nos bancos convencionais. Hoje, as criptomoedas já circulam junto aos investimentos tradicionais.
Como atualmente temos muitos fundos de investimento que têm como ativos as criptomoedas, surgem muitas dúvidas sobre as difereças entre comprar uma criptomoeda e aplicar em um fundo.
“Uma característica desses ativos que afugenta não só principiantes como até os mais experientes é a volatilidade, ou seja, as quedas e subidas bruscas de valor, o que as classifica como um investimento de alto risco, como as ações nas bolsas de valores. Então, muita gente acredita que um fundo sob gestão de um especialista seja uma forma mais segura de investir”, explica Matheus Cavalcanti, especialista no assunto e head de criptomoedas da Atom.
Volatilidade e risco estão em qualquer lugar
É preciso antes de mais nada observar que volatilidade e risco fazem parte de qualquer investimento. Inclusive dos fundos. “Não existem mágicas e nem como prever o futuro, por isso, digo que conhecimento é uma forma de se proteger, afinal, ninguém cairia num golpe de um fundo prometendo baixos riscos e lucros elevados com moedas digitais, o que, infelizmente temos acompanhado diversos casos pela mídia”, diz o especialista.
Para investir direto em criptomoedas, ou seja, comprar sozinho uma moeda digital, é necessário abrir uma conta nas chamadas exchanges, que são como contas digitais nas quais se faz a compra e armazenamento das moedas digitais.
“De forma simplificada, é como se você comprasse títulos de uma ação ou moeda estrangeira, mas com características um pouco diferentes de movimentação. É uma transação segura que, apesar da alta volatilidade, oferece chances de altos rendimentos”, explica o especialista.
Como funciona um fundo de criptomoedas
Os fundos de criptomoedas são compostos por uma carteira selecionada por um gestor que identifica oportunidades de movimentar o dinheiro desse fundo em busca de melhores rendimentos entre as milhares de criptomoedas disponíveis.
“O dinheiro em um fundo tem um pouco menos de liquidez, por exemplo, de até 15 dias para saque, do que em uma exchange, onde pode levar cerca de 24 horas. Também devemos ter atenção às taxas e se a instituição que oferece o fundo é idônea, para evitar cair em golpes”, alerta Cavalcanti.
É preciso entender que, mesmo com a desvalorização recente das duas criptomoedas principais (Bitcoin e Ether), o momento pode ser muito favorável para quem está bem informado do que acontece no mercado. “Sabendo operar da forma correta, a crise também é uma oportunidade de lucro”, diz ele.
Para quem quiser entender como investir com criptomoeda, o próprio Cavalcanti fará entre 24 e 28 de outubro próximos o curso Intensivo Crypto, composto por cinco dias de imersão ao vivo, sendo presencial em São Paulo-SP e online para as demais localidades.