Na Europa e na Ásia, bolsas de valores apresentam queda logo após abertura. Bolsa de Atenas permanecerá fechada até 7 de julho. Restrições de saque na Grécia aumentam medo de um calote e da saída do país da zona do euro.
Os mercados financeiros abriram em queda nesta nesta segunda-feira (29/06), em reação à decisão do governo grego de impor controle financeiro no país e decretar o fechamento dos bancos. A Bolsa de Valores de Atenas também deverá permanecer fechada até o dia 7 de julho.
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As ações nos mercados europeus despencaram logo após a abertura. O índice alemão DAX e o francês CAC caíram em torno de 4%. O Euro Stoxx 50 teve a pior queda percentual em um dia desde 2011.
O euro teve queda de 1,9% frente ao dólar e estava sendo negociado a 1,0955 na bolsa de Tóquio. Em relação ao iene, a queda foi de 3%, o índice mais baixo das últimas cinco semanas. O franco suíço subiu 1% em relação ao euro, enquanto a libra esterlina subiu 1,1%.
A convocação de um referendo para o dia 5 de julho sobre a questão do resgate financeiro também contribuiu para aumentar a desconfiança dos mercados.
A partir desta terça-feira, haverá um limite de 60 euros diários para saques nos caixas eletrônicos em toda a Grécia, onde enomes filas se já formavam na noite de domingo.
Varoufakis culpa europeus
Após o novo fracasso nas negociações entre a Grécia e seus credores durante o fim de semana, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu no domingo não ampliar o volume de financiamento de emergência disponibilizado aos bancos do país. Atenas optou então pelo fechamento temporário dos bancos, para evitar um colapso financeiro.
O acirramento da crise aumenta o risco de a Grécia dar um calote no Fundo Monetário Internacional (FMI), o que poderá resultar na saída do país da zona do euro. O prazo para o pagamento de 1,6 bilhão de euros devidos ao FMI expira nesta terça-feira.
No domingo, o ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, culpou as autoridades financeiras da Europa pela crise. "A Grécia deve a uma parte da troica dinheiro que precisa receber da outra parte. Ambas devem culpar a si próprias, caso o FMI não possa ser pago."