Alcançar R$ 1 milhão é um marco importante para qualquer investidor. No entanto, com a perda do poder de compra ao longo dos anos, a cifra já não é mais suficiente para garantir um padrão de vida elevado. Com isso, é fundamental saber como investir esse valor de forma estratégica para ampliar o patrimônio ou até mesmo viver de renda.
Aqui no Suno Notícias, já mostramos como investir R$ 100 mil para chegar ao primeiro milhão. Mensalmente, esse montante pode render proventos atrativos para os investidores, o que é ideal para aqueles que querem se aposentar ou ter uma renda extra.
De acordo com Lucas Devito, consultor da Suno Consultoria, é possível viver de renda com R$ 1 milhão. Contudo, isso depende do contexto financeiro e das expectativas de cada investidor.
"A inflação foi consumindo o poder do dinheiro ao longo do tempo. Então, apesar de você poder se considerar um milionário, o seu padrão de vida não deve ser um padrão de luxo se você quer viver com a renda desse patrimônio acumulado de R$ 1 milhão", destaca Devito.
Quanto rende R$ 1 milhão?
Segundo o consultor, com um portfólio diversificado e com um perfil de risco moderado, é possível obter uma renda mensal de cerca de R$ 5 mil ao investir R$ 1 milhão, considerando o cenário atual de juros - com a taxa Selic a 11,25% ao ano.
"Se a pessoa tem um custo de vida de cinco mil reais e, para ela, isso é o suficiente para ela ter liberdade econômica, é tranquilo viver de renda com esse valor", comenta ele.
Esse valor, no entanto, pode variar conforme a composição da carteira, seja para cima ou para baixo. "Se ela investisse, por exemplo, em fundos imobiliários de papel, ela conseguiria próximo de R$ 10 mil", explica Devito.
Como investir R$ 1 milhão para viver de renda?
Para viver de renda com R$ 1 milhão, é essencial estruturar uma carteira de investimentos diversificada e ajustada ao perfil de risco do investidor. De acordo com o consultor, é fundamental prestar atenção na escolha dos ativos e na composição da carteira para garantir segurança e estabilidade no longo prazo.
"Você tem que olhar a capacidade de geração de renda, seja de um fundo imobiliário, seja de uma ação. Tem que ver se, no caso de uma ação, ela tem um histórico de boa pagadora de dividendos, se ela tem um payout elevado, se ela costuma distribuir os lucros, o quanto desses lucros ela distribui, se ela tem um lucro recorrente, se ela tem projetos de investir na empresa ou não", destaca Devito.
Segundo ele, ter uma carteira diversificada é fundamental para conseguir bons proventos. Dentro deste contexto, FIIs e ações são as principais escolhas para quem busca renda passiva. Devito explica que, no caso dos fundos imobiliários, é importante avaliar a qualidade dos locatários, os vencimentos dos contratos e se eles são ajustados a indicadores como o IPCA.
"Nos fundos de papel, veja se ele tem diferentes credores, seja empresas que alugam os imóveis ou as empresas tomadoras de dívida. É uma análise bem detalhada, que vai te deixar mais tranquilo para você ter um futuro mais seguro", aponta o consultor.
Já para ações, o foco deve estar no compromisso das empresas com a distribuição de lucros e na sustentabilidade desses dividendos. "Você tem que ver se ela tem no estatuto que ela vai sempre distribuir os dividendos e não cair na armadilha do dividend yield. Não olhar só para o passado", alerta Devito.
Outro ponto essencial é proteger o patrimônio contra a inflação. "Idealmente, você não tem que consumir tudo o que esse patrimônio gera. Você tem que investir pelo menos uma parcela ali, que é proporcional à inflação do ano, para que seu poder de compra permaneça", explica o consultor. Ele também destaca que consumir o patrimônio principal muito rapidamente pode levar a uma queda significativa na renda passiva, criando um efeito de "bola de neve invertida".
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