Depois de um ano com um "inverno" severo para as startups, marcado pela recessão de investimentos e layoffs (demissões), o setor passa por uma nova fase de mercado. Agora, os investidores estão se tornando muito mais criteriosos em relação às ideias inovadoras e propostas pelas startups nas quais anseiam investir.
Como resultado, o equity crowdfunding ― também conhecido como investimento coletivo ― tem se destacado como uma alternativa promissora para o financiamento de startups. A Captable, plataforma de captação de startups no Brasil, soma R$ 96 milhões investidos em empresas de inovação.
Segundo o CEO da Captable, Paulo Deitos, os investidores e os próprios empreendedores precisam observar o mercado e entender que as startups necessitam de um período de incubação para crescerem.
“É preciso avaliar cuidadosamente cada oportunidade de investimento, levando em consideração os riscos e potenciais retornos conforme o estágio que a startup se encontra. Ao mesmo tempo, os fundadores precisam procurar por fontes de investimentos adequados conforme sua maturidade do negócio”, salienta.
A queda nos investimentos em startups
De acordo com o relatório Inside Venture Capital, os investimentos em startups apresentaram uma queda de cerca de 86% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Apesar disso, Deitos destaca como exemplo a Sensix, plataforma de agricultura de precisão, que conseguiu captar no último mês R$ 4,9 milhões com o aporte de 453 pessoas e empresas, incluindo a DOMO e a SLC Agrícola.
“Essa foi a segunda rodada de captações da Sensix pela Captable, demonstrando que as startups que já estão consolidadas e melhor preparadas para receber investimentos, continuam ganhando espaço mesmo durante a recessão”, explica.
Após a mudança de mercado, é observado um novo horizonte de possibilidades e desafios dentro do setor, demonstrando o potencial do conceito de investimento. Como resultado, é crucial conhecer e entender todos os estágios existentes para se tomar decisões apropriadas e sustentáveis como o pré-seed, seed e séries A, B e C.
Entenda cada estágio de investimento em startups
- • Pré-seed
Esse é o momento em que os fundadores estão aprimorando as ideias e ainda desenvolvendo os produtos e serviços. Nesta etapa, os investimentos geralmente são feitos por amigos, familiares ou investidores anjo ― empresários que acreditam no potencial da startup.
- • Seed
Nesta etapa, os produtos ou serviços já foram desenvolvidos, mas a startup ainda precisa de investidores para crescer e ganhar espaço no mercado. Os recursos, geralmente, são oriundos de investidores anjo, fundos de venture capital ou uma união de vários players.
- • Série A (early stage)
O cenário agora é de uma startup que já está em operação e tem o produto ou serviço reconhecido no mercado. O intuito dos investimentos é para escalar a ideia e expandir para novos mercados. Neste momento, os aportes costumam vir de fundos de venture capital e investidores institucionais.
- • Série B (growth stage)
Este é o momento em que o crescimento da empresa já está acelerado e os investimentos servirão para manter a crescente de expansão. Geralmente, os valores são mais expressivos e feitos por fundos de venture capital ou investidores institucionais.
- • Série C (expansion stage)
As startups já estão consolidadas no mercado e precisam de aportes para alcançar outros mercados, como internacionalmente ou com a compra de empresas mais pequenas. Nesta etapa, os recursos são oriundos por over funding, Capital Venture, Corporate Venture Capital e até mesmo por empresas de capital aberto.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.