Durante sete anos, Carol Dias ganhou os holofotes da televisão como assistente de palco no programa Legendários e, depois, no Pânico como panicat. Agora, aos 35 anos, sua vida é bem diferente: ela se tornou educadora financeira e empresária, atingindo um patrimônio milionário. Em entrevista ao Terra, ela conta mais sobre essa trajetória.
Carol explica que sempre foi muito disciplinada com relação ao dinheiro e que não gosta de ostentar. Assim, desde seus anos na televisão, ela vem “acumulando zeros” na conta. Ela não revelou o valor total de seu patrimônio, alegando ser uma questão de segurança, mas afirma já ter ultrapassado os R$ 3 milhões.
Já antes dos holofotes, seu primeiro emprego surgiu da necessidade de levar dinheiro para casa. Carol explica que veio de “uma família boa”, com alto poder aquisitivo. Até que a empresa na área têxtil que seus pais eram donos acabou quebrando durante sua adolescência: “Fomos do céu ao inferno”.
Nessa nova vida, ela se viu trabalhando como panfleteira de uma empresa de computação. Tentou se graduar em Nutrição e Educação Física, mas, por falta de grana, deixou as duas faculdades incompletas. Em busca de melhores condições, partiu para a área de eventos e deu início a sua carreira como modelo em grandes showrooms. Carol também começou a trabalhar como ‘ring girl’ em campeonatos de luta e se tornou uma das mais conhecidas do Brasil.
Em 2010, essa fama a fez posar nua para a revista Sexy e essa foi sua porta de entrada para a televisão, onde ela nunca tinha imaginado que poderia chegar. Enquanto trabalhava em um evento, ela recebeu o convite para trabalhar como assistente de palco em um novo programa da Record, com o Marcos Mion. Ela passou no teste e, junto com Mion, estreou no Legendários.
Quase uma BBB, reviravoltas e 'Pânico'
Apesar de ter feito sucesso no programa, dois anos depois pediu demissão para estudar inglês na Califórnia. Quando a viagem estava preparada, ela recebeu mais uma mensagem que poderia mudar seus rumos: foi chamada para participar do Big Brother Brasil por uma recrutadora.
Ela fez a primeira fase de testes e viajou para os Estados Unidos. Depois de passar alguns meses lá, voltou para o Brasil para participar da segunda etapa. Ela chegou até a fazer os exames necessários para entrar na casa, mas ficou de fora do elenco.
Carol perdeu sua chance nos Estados Unidos, não entrou no reality e sofreu com a perda de uma tia na mesma época. Sua vida virou de ponta cabeça. Até que, dois meses depois, o Pânico a chamou para tentar uma vaga de panicat. No mesmo dia ela foi contratada e seguiu no programa por 5 anos.
Sem revelar o valor, ela conta que o programa Pânico não pagava muito bem, mas a visibilidade do programa a levou a fechar grandes campanhas, algumas girando em torno de R$ 40 mil. Unindo tudo, ela chegava a ganhar de 70 a 100 mil por mês. Seu patrimônio começava a ganhar forma.
Fim da era panicat
“Eu não estava mais feliz. Não tinha mais a ver comigo. Pedi demissão e resolvi buscar um novo caminho. Encontrar algo que eu gostasse de fazer, que sentiria na minha alma”, conta Carol, que resolveu sair do Pânico em 2017.
Foi aí que ela notou seu interesse em ensinar as pessoas a ganhar dinheiro de forma simples e descomplicada. Ela já investia há anos na Bolsa de Valores e resolveu mergulhar na área, estudando cerca de 6h por dia durante um ano. Se considerando autodidata e "formada na faculdade da vida", ela apostou em cursos e em leituras, não tendo feito uma graduação formal.
Agora, se consolidando no mercado há cerca de três anos, sua renda vem de investimentos e, também, de seu trabalho como mentora de alunos. No Instagram, seu principal canal de comunicação, reúne um público de mais de 7 milhões de seguidores. Além disso, toca um podcast com seu irmão, André Dias, que também trata sobre economia.
Machismo
Carla reconhece o ambiente corporativo, na área de investimentos, como machista. “É um meio em que a gente vê o preconceito com mulheres. Agora imagina comigo, que era modelo e ficava de biquini”, pontua. Nas redes sociais, também foi um desafio começar a apresentar conteúdos de economia e mudar seu tipo de público.
“Querendo ou não, eu evoluí. Aprendi a ser uma nova Carol. Fui ganhando respeito, investindo, ensinando as pessoas a ganhar dinheiro e aprendendo que eu posso, sim, ajudar essa geração endividada”.
Questionada sobre quem seria essa ‘nova Carol’, ela diz ser uma mulher determinada, persistente e seletiva. "A nova Carol é uma mulher que se impõe com respeito. Não sou mais aquela que aceitava tudo e que entendia que tinha que fazer tudo. Mudei meus hábitos, mentalidade, companhias e os lugares que vou. Não mudei minha essência, mas mudei o que podia melhorar", ressalta, com firmeza.