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Desemprego atinge 6,8% no período de três meses até janeiro

Resultado é superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando a Pnad Contínua indicava desemprego de 6,4%

12 mar 2015 - 09h49
(atualizado às 15h18)
<p>Desemprego calculado pela Pnad Contínua aponta taxa maior do que pela Pesquisa Mensal de Emprego</p>
Desemprego calculado pela Pnad Contínua aponta taxa maior do que pela Pesquisa Mensal de Emprego
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

A taxa de desemprego no Brasil subiu a 6,8% no trimestre encerrado em janeiro diante do aumento da procura por trabalho, porém com alta no rendimento real, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

O resultado divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou 0,3 ponto percentual acima da taxa vista nos três meses encerrados em dezembro e também foi maior do que os 6,4% no mesmo período de 2014.

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Também foi pior do que a leitura de 5,3% em janeiro da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que leva em consideração dados apurados apenas em seis regiões metropolitanas do País. Com abrangência nacional, a previsão é de que a Pnad Contínua substitua a PME.

No quarto trimestre de 2014, a taxa de desemprego do país havia alcançado 6,5%, encerrando o ano passado com taxa média de 6,8% segundo os números da Pnad Contínua Trimestral.

"A gente passa a conviver com três pesquisas de emprego, mas o sinal apresentado pelo mercado é o mesmo na Pnad e na PME . Mais gente procurando emprego no começo do ano e um mercado que não absorve todo mundo", destacou o coordenador do IBGE Cimar Azeredo.

No trimestre até janeiro, segundo a Pnad Contínua Mensal, o número de desocupados, que inclui aqueles que tomaram alguma providência para conseguir trabalho, atingiu 6,8 milhões de pessoas, contra 6,6 milhões no trimestre encerrado em outubro.

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Já população ocupada ficou praticamente estável, em 92,7 milhões, contra 92,6 milhões nos três meses até outubro, de acordo com o IBGE.

Por sua vez, o nível de ocupação, que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar, caiu a 56,7% nos três meses até janeiro, ante 56,9% no trimestre até outubro.

No lado positivo, o rendimento real dos trabalhadores subiu 1,0% na comparação entre os dois períodos, para R$ 1.795,53.

Com perspectiva de contração econômica, inflação cada vez mais elevada e juros em alta, o mercado de trabalho no Brasil vem desde o ano passado mostrando esgotamento, com menor criação de vagas.

Em janeiro, o Brasil fechou mais de 80 mil vagas formais de trabalho, no pior resultado para o mês desde 2009, segundo dados do Ministério do Trabalho.

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