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Desemprego eleva abertura de empresas em 6 anos, diz Serasa

13 dez 2016 - 14h29
(atualizado às 14h30)
Pesquisa indica que desemprego determina abertura de  negócios, cujos donos querem ter renda
Pesquisa indica que desemprego determina abertura de negócios, cujos donos querem ter renda
Foto: Agência Brasil

O número de empresas abertas entre janeiro e setembro deste ano aumentou 1,3%, somando 1.542.967 de novas companhias. Foi a maior quantidade já registrada desde 2010, segundo o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas. Apesar de ter atingido um recorde no período, em setembro último comparado a igual mês do ano passado, houve retração de 6% com o surgimento de 162,9 mil empresas.

Na avaliação dos economistas da Serasa Experian, o crescimento do desemprego é que está estimulando o empreendedorismo. "Pessoas que perderam seus empregos estão abrindo novas empresas visando alguma renda dadas as dificuldades econômicas atuais", diz a nota técnica da Serasa.

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A maior parte dos registros (79,1%) são de Microempreendedores Individuais (MEIs) que, em 2010, representavam menos da metade (45,9%). Segundo a pesquisa, a crescente formalização dos negócios no Brasil é responsável pelo aumento constante dos MEIs. Nos nove primeiros meses deste ano, este gênero cresceu 5,3%, atingindo 1.159.388 novas ações.

Em relação às Sociedades Limitadas, foram criadas 133.340 unidades, 12,9% abaixo do mesmo período do ano passado. Também diminuiu em 22,1% o surgimento de Empresas Individuais em um total de 101.498 novos negócios. Já as novas empresas de outras naturezas cresceram 9,1% (87.600).

Entre os segmentos que mais cresce está o de prestação de serviços com uma participação de 62,9% e um total acumulado até setembro de 970.664 novas empresas. Neste setor, segundo a Serasa, o crescimento tem sido constante desde 2010 quando era 53% do total de empresas criadas.

O segundo maior interesse em empreender é no ramo comercial (439.487 empresas e 28,5% do total). Neste caso, caiu a participação em comparação a 2010 (35,6%). Em terceiro lugar na lista de atratividade para empreender aparece a área industrial (128.474 empresas e 8,3% do total).

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Empresas por região

O maior número de empresas abertas foi verificado na região Sudeste (798.054), onde se concentram mais da metade dos novos empreendimentos (51,7%). Em seguida, aparece o Sul do país (257.784) com taxa de participação em 16,7% ; o Nordeste (257.515 empresas e a mesma taxa do Sul, 16,7%); o Centro-Oeste (134.962 empresas e taxa de 8,7%) e o Norte (73.594 novas empresas e taxa de 4,8%).

Mas foi no Sul do país que houve mais crescimento entre janeiro e setembro com alta de 2,4%, seguido do Sudeste ( 2,2%). Nas outras regiões, ocorreram quedas: Nordeste (-6,0%), Norte (-3,9%) e Centro-Oeste (-3,5%).

O estado de São Paulo registrou o maior número de empresas abertas (435.461), o correspondente a 28,2% dos novos empreendimentos. Em Minas Gerais surgiram 169.815 empresas (11,% do total) e no Rio de Janeiro (166.880 e 10,8% do total).

Agência Brasil
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