A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo chegou a 18,5% em março, segundo levantamento divulgado hoje (26) pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Em fevereiro o índice era 17,9%.
Os mais de 2 milhões de pessoas sem trabalho na Grande São Paulo representam um crescimento de 18,1% em relação a março do ano passado, quando havia 1,75 milhão de desocupados. No município de São Paulo, o índice de desemprego chegou a 17,5% em março, no Grande ABC, ficou em 19,2% e na região de Guarulhos e Mogi das Cruzes é de 20,1%.
A construção civil foi o setor que, proporcionalmente, mais fechou postos de trabalho em 12 meses, com o corte de 65 mil vagas entre março de 2016 e o mesmo mês deste ano, o que representa 10% do total de ocupados no ramo. A indústria da transformação eliminou 87 mil postos no período (retração de 6,4%) e o setor de serviços fechou 83 mil vagas (redução de 1,5%). As reduções foram parcialmente compensadas pela geração de 100 mil novos empregos no comércio de reparação de veículos, um crescimento de 6,1%.
Nos últimos 12 meses, houve queda de 3,8% no número de trabalhadores assalariados na região metropolitana, que representavam, em março, 6,33 milhões de empregados. O contingente de empregados com carteira assinada no setor privado caiu 5,2% no período e dos sem carteira subiu 6,3%.
Os rendimentos médios dos assalariados caíram 5,3% em fevereiro na comparação com os valores verificados no mesmo mês de 2016. No ano passado, o salário médio na Grande São Paulo era de R$ 2.131, enquanto em fevereiro deste ano ficou em R$ 2.018.
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