Dicas para organizar as finanças pessoais e sair do vermelho.
Em um cenário econômico instável, entender como organizar as finanças pessoais pode ajudar o cidadão a sair do vermelho e ter uma vida financeira mais saudável. De acordo com a Confederação Nacional de Consumo (CNC), em maio de 2024, 80,9% das famílias de baixa renda, que recebem até três salários mínimos, estavam endividadas.
Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais do país, aponta que 45,8% das pessoas não realizam o controle de seu orçamento, sendo que 29% o faz apenas de “cabeça”.
Para Marcelo Higuchi, gerente sênior da 99Pay, conta digital da 99, é primordial ter clareza dos gastos e tomar atitudes que levem o indivíduo a organizar melhor seu orçamento. “É importante analisar o seu passado e presente financeiro para que se tenha um futuro econômico tranquilo e equilibrado, sem sufoco ou apertos”, explica.
Pensando nisso, o especialista elencou quatro dicas para organização financeira.
Tenha clareza dos gastos
“Ter conhecimento de todos os ganhos e gastos é fundamental e o primeiro passo para uma vida financeira mais saudável e organizada. É importante que o indivíduo elenque o quanto ganha, o quanto gasta, quais são os seus investimentos e o valor aplicado mensalmente, o total em dívidas. Esse exercício é uma análise do passado e presente financeiro do usuário”, explica.
Organize seu orçamento
O executivo ressalta que após a realização de toda a análise financeira, organizar todas as informações em uma planilha é essencial para dar mais visibilidade e construir um planejamento financeiro sólido. Para a construção dessa tabela é primordial elencar informações com gastos fixos, aqueles que não mudam de acordo com o consumo, como: aluguel, parcela do financiamento do carro, escola, conta do celular, academia; Gastos variáveis, são os que aumentam ou diminuem de valor, como: conta de luz, água, gás, alimentação, transporte, combustível, lazer; Gastos eventuais, que acontecem em uma frequência menor, mas em algum momento será necessário fazer esse tipo de pagamento, como: seguro do carro, IPTU e IPVA.
Reserva de emergência
Criar uma reserva de emergência é um importante ponto de partida em direção a uma vida financeira mais tranquila e vai evitar a necessidade de ter que resgatar um investimento antes do vencimento, ou até pegar um empréstimo.
"O ideal é que a reserva de emergência seja equivalente a seis meses, para pessoas que trabalham com carteira assinada e são assalariadas, e doze meses para profissionais autônomos e esteja em um local com liquidez diária", diz ele.
Existem algumas opções que são vantajosas, uma delas é o Tesouro Selic, um dos títulos oferecidos pelo Tesouro Direto que possui uma alta liquidez e é muito bom para situações de emergência.
Educação financeira
Educar-se financeiramente é primordial para equilibrar as finanças e o orçamento. Com os ensinamentos é possível realizar planejamentos financeiros mais assertivos de curto a longo prazo. Além da realização de exercícios práticos e conteúdos adicionais que podem ser aplicados no dia a dia.
(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.