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Diferença salarial aumenta e mulheres ganham 20,7% a menos que homens, diz governo

Em cargos de direção e gerência, as mulheres ganham 27% menos que os homens, e, em funções de nível superior, a diferença chega a 31,2%

18 set 2024 - 13h29
(atualizado às 13h48)
Resumo
Relatório do Ministério das Mulheres aponta que as mulheres ganham 20,7% a menos que homens, com diferença salarial ainda maior em cargos de direção e gerência.
Foto: andreswd/iStock

As mulheres ganham 20,7% a menos do que homens, de acordo com o 2º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, divulgado nesta quarta-feira, 18, pelo Ministério das Mulheres. O levantamento foi feito em 50.692 empresas com 100 empregados ou mais.

Apesar de próximo, o valor é maior do que o registrado na primeira edição do estudo, publicada em março deste ano. Na ocasião, a diferença salarial registrada foi de 19,4%.

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Em cargos de direção e gerência, as mulheres ganham 27% menos que os homens, e, em funções de nível superior, a diferença chega a 31,2%. Em 0,2% das empresas pesquisadas - ou seja, 85 delas -, não há registros de mulheres formalmente empregadas.

Na prática, a média salarial é:

  • De R$ 4.495,39 entre os homens;
  • De R$ 3.565,48 entre as mulheres.

A disparidade é ainda mais acentuada entre mulheres negras, que ganham, em média, R$ 2.745,26 — 50,2% do salário de homens não negros, que chega a R$ 5.464,29. Já as mulheres não negras têm rendimento médio de R$ 4.249,71.

Segundo o relatório, 27,9% das empresas têm políticas de incentivo à contratação de mulheres negras, enquanto 42,7% possuem apenas entre 0% e 10% de mulheres pretas ou pardas em seu quadro de funcionários.

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"Os dados do relatório servem como óculos para que a gente construa as soluções para resolver o problema. Nós, como governo, vamos assumir a nossa responsabilidade e construir políticas públicas para que as mulheres, especialmente as mulheres negras, tenham as mesmas oportunidades que os homens. Mas eu faço um apelo para que os empresários estejam conosco", disse a ministra Cida Gonçalves durante o evento em que o relatório foi lançado.

Empresas devem divulgar seus resultados

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) analisou mais de 18 milhões de vínculos formais em 2023, com uma média salarial de R$ 4.125,77, com salário contratual de R$ 2.025,27, segundo a Relação de Informações Anuais (RAIS) de 2023. São 10,8 milhões de homens e 7,2 milhões de mulheres empregados. A massa de rendimentos é R$ 782,99 bilhões.  

As empresas podem acessar seus respectivos relatórios no portal Emprega Brasil. O governo anunciou que elas têm até o dia 30 de setembro para divulgar essas informações em seus sites ou redes sociais, as que não cumprirem a exigência estarão sujeitas a multas, conforme a Lei de Igualdade Salarial.

Fonte: Redação Terra
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